Google Earth é usado para mapear a educação a distância
Um milhão de gigabytes de imagens de satélite, mais de 700 bilhões de pixels. Esse volume astronômico de dados foi gerado pelo satélite da NASA Landsat 8, lançado no espaço em 2013. É com base nas imagens produzidas por ele que a ferramenta Google Earth trabalha, apoiada por uma rede de 43 mil computadores que processam e disponibilizam seus dados. O uso dessas informações pode servir a inúmeros propósitos de pesquisa.
O artigo “Uso da ferramenta Google Earth PRO para mapeamento e gestão de cursos de Educação a Distância (EAD)” foi apresentado durante o 24º Congresso Internacional ABED de Educação a distância (CIAED), que ocorreu em Florianópolis (SC), entre 3 e 7 de outubro. A pesquisa foi apresentada por João Salesbram, técnico administrativo da Escola Superior de Saúde, Meio Ambiente, Biociências e Humanidades da Uninter.
Trata-se de um estudo de caso voltado para o mapeamento do curso Tecnólogo em Gestão Ambiental, da Uninter. “Através da avaliação do perfil socioeconômico dos estudantes do curso é possível adequar as práticas de ensino a diversas classes de alunos. Além disso, conhecendo o público alvo, pode-se ter uma noção das prioridades da comunidade local, com relação a quais cursos implantar na localidade em questão”, afirma Salesbram.
Os professores da Uninter Rodrigo Silva e Rodrigo Berté também colaboraram no desenvolvimento do artigo. Segundo a pesquisa, um quinto dos alunos tem mais de 40 anos e mais da metade tem renda familiar mensal de até três salários mínimos. As maiores concentrações de estudantes nos polos de ensino a distância estão no Sul (27%) e Sudeste (37%) do Brasil.
O Google Earth PRO auxilia na coleta de informações e fornece dados úteis para a execução de políticas públicas relacionadas com o ensino a distância. “É uma ferramenta de fácil acesso e manuseio, o que permite armazenar dados em grande quantidade, sem ter o perigo de perder estes dados”, explica Salesbram.
Em 2016, o percentual de pessoas que acessaram a internet no Brasil chegou à marca de 57,5%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, os dados do Censo da Educação Superior de 2015 revelam crescimento de 3,9% da educação a distância (EAD) no Brasil, em comparação com o ano anterior. No mundo hiperconectado de hoje, ter o domínio de informações precisas pode fazer toda a diferença na hora de planejar ações de educação a distância.
Autor: Evandro Tosin – Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: NASA