Giro Filantropia une e fortalece organizações do terceiro setor

Autor: Nayara Rosolen - Analista de comunicação

Há mais de duas décadas, a Rede Filantropia fortalece a gestão de organizações sociais no Brasil. Desde 2015, também já realizou mais de cem edições do Giro Filantropia, em mais de 50 cidades. O evento itinerante é totalmente gratuito e voltado para a capacitação do terceiro setor. A Uninter foi a responsável por sediar a iniciativa, representada pelo IBGPEX, Instituto de responsabilidade socioambiental do grupo educacional, no dia 29 de agosto de 2024.

A capacitação chegou a Curitiba (PR) de forma presencial, no auditório do edifício Garcez, e foi transmitida ao vivo no canal do Youtube do Grupo Uninter para toda a comunidade interessada, com abertura às 9h e encerramento às 17h20. Além de sorteios para os participantes, após as palestras também aconteceu o lançamento do livro A Magia de #FazerAcontecer, de autoria do CEO da Rede Filantropia, Marcio Zeppelini.

“[As organizações] vêm para pegar informação, conhecimento sobre a gestão dos projetos sociais, seja na área de voluntariado, contabilidade, legislação, captação de recursos, marketing, enfim, várias áreas que estão ali ligadas na administração dos projetos para fazer mais com menos, entregar mais para a sociedade com menos recursos, menos dinheiro, menos pessoas envolvidas com esse trabalho. É justamente entregar para essas organizações de pequeno e grande porte técnicas melhores de gestão”, explica o CEO.

Sete apresentações marcaram o dia, acerca dos mais diversos assuntos. Três delas pela manhã: Comunicação com estratégia (com o integrante do Programa Impulso do Instituto GRPCOM, Gabriel Wisniewski); Captação de recursos com emendas parlamentares (com o gestor e especialista em terceiro setor e diretor-geral do EF Grupo, Eduardo Filho); e Ferramentas digitais aplicadas ao desenvolvimento do terceiro setor (com o diretor de desenvolvimento da Rede Filantropia, Ricardo de Oliveira).

Os profissionais consentem que o atual grande foco para as organizações é a captação de recursos. Para a gerente de projetos sociais do IBGPEX, Rosemary Suzuki, é isso que “mantém as organizações sociais de pé”.

“Ainda que façamos somente o bem, precisaremos sim de dinheiro, e muito dinheiro, para que isso aconteça. Assim como as empresas precisam vender seus produtos para ter o recurso, a receita para se manter, o terceiro setor depende da capitação de recursos. E, para que isso aconteça, é necessário profissionalização. Percebemos que, muitas vezes, ideias excelentes, projetos maravilhosos, não conseguem seguir em frente, porque não têm esse nível de profissionalismo para conseguir captar”, declara Rosemary.

Entra aqui a importância de uma boa e efetiva comunicação. Primeiro palestrante do dia, Wisniewski acredita que essa seja uma das maiores dores das organizações. Conseguirem serem vistas para fora da própria bolha, por um público novo, com ações divulgadas na televisão, no rádio e nos jornais, por exemplo. Já que, chegar a um novo doador e, consequentemente, conquistar a entrada de um recurso, só é possível a partir do momento em que se comunica. Seja uma doação de natureza física ou jurídica.

“Quando a gente fala em estratégias de comunicação para essas organizações sociais, é a questão de se planejar. É muito bom pensar em comunicar, em divulgar, em falar, mas isso tem que ter um objetivo e tem que ter formas de mensurar os impactos das ações de comunicação. Se realmente estão surtindo efeito, se tem que mudar os rumos e se a gente segue adiante. Porque dentro do terceiro setor, as organizações precisam ser vistas, precisam ser lembradas. Uma das primeiras partes é se capacitar”, declara Gabriel.

A palestra sobre Novas estratégias para o desenvolvimento institucional iniciou as atividades da tarde, com o advogado especialista em terceiro setor Danilo Tiisel. O profissional atua com organizações da sociedade civil (OSCs), assim como com negócios de impacto social positivo, e participa do Giro Filantropia desde o início.

Um admirador da Rede Filantropia, Tiisel reconhece a importância de parcerias como essa com a Uninter, representada pelo Instituto IBGPEX, e com o Instituto GRPCOM. “É importante que as organizações se juntem e colaborem para o desenvolvimento do terceiro setor no Brasil”, salienta. Acrescenta ainda a relevância dos aspectos jurídicos, porque as organizações precisam estar completamente regulares quanto à parte tributária, cível e contratual, pensando ainda na captação de recursos.

“Cada estratégia demanda uma segurança jurídica. A organização pode conseguir isenção ou pode ser considerada imune a impostos também. Tem que ter segurança na relação com fontes de recursos e as fontes de recursos também precisam ter segurança jurídica no momento que faz uma doação, um patrocínio ou qualquer relação como organização sem fins lucrativos. A gente tem visto que as organizações têm se desenvolvido bastante. O Giro Filantropia colabora muito com isso”, conclui o advogado.

O evento ainda contou com apresentações sobre Elaboração e demonstrações contábeis, ministrada por Ana Paula Paixão; Gestão de indicadores de impacto por meio dos ODS, com Carol Zanoti; e a palestra magna de encerramento Inspiração e atitude para #FazerAcontecer, com Marcio Zeppelini.

Também escritor, o palestrante e CEO da Rede Filantropia lançou o livro A Magia de #FazerAcontecer, “um livro inspiracional que fala sobre projetos pessoais, projetos profissionais e como tirar do papel e fazer acontecer”, de acordo com as palavras do próprio autor.

As transmissões da manhã e da tarde de 29 de agosto seguem disponíveis para livre acesso no canal do Grupo Uninter.

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Autor: Nayara Rosolen - Analista de comunicação
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Nayara Rosolen


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