Geração Z tem mais potencial transformador do que os X, Y e Baby Boomer
Autor: Ana Oliveira - Estudante de JornalismoO mundo está cada vez mais submerso num mar de imagens. A digitalização das linguagens tornou possível explorar os signos visuais em uma nova dimensão. Quais são as habilidades da geração Z em relação à comunicação visual? Este é o problema que guia a pesquisa de Alexandre Scherrer Tomé no artigo Alfabetismo visual e a geração Z, publicado na 14ª edição da Revista Uninter de Comunicação (RUC).
A geração Z compreende os jovens nascidos entre 1995 e 2001. Segundo o pesquisador, esta geração apresenta traços positivos no consumo multimidiático, como a predisposição para absorver e compartilhar com facilidade informações visuais. Trata-se de uma geração hiper cognitiva, capaz de viver múltiplas realidades ao mesmo tempo. A tecnologia proporciona para esses jovens diferentes realidades, com muita informação visual e recursos de multimídia.
Compreender as diferenças entre as gerações a partir de um contexto histórico e social nos permite entender possíveis conflitos de comunicação. De acordo com o pesquisador, existem quatro classificações de gerações amplamente divulgadas: Baby Boomer, X, Y e Z.
Os Baby Boomers, termo originado da língua inglesa que em tradução livre para o português significa “explosão de bebês”, são os nascidos entre 1946 e 1964. Essa geração foi marcada pela alta taxa de natalidade, fenômeno do pós-guerra. As gerações seguintes, X e Y, apesar de suas peculiaridades não chegam a representar uma mudança tão considerável como a que pode ser vista em relação à geração Z. O advento da internet e das novas tecnologias fez com que os filhos da geração Y nascessem em um mundo em que o ambiente virtual condiciona as relações humanas.
Essa característica tem impactos significativos no desenvolvimento cognitivo dos jovens. Segundo Tomé, “o alfabetismo visual vai além do simples ato de enxergar. Implica compreender e compartilhar o significado em um certo nível de universalidade”.
Os jovens da Geração Z veem a tecnologia como parte essencial da vida. Eles cresceram com a capacidade de filtrar grandes quantidades de informação, realizar múltiplas tarefas e se concentrar nas oportunidades que os ajudarão a deixar sua marca.
O potencial dessa geração de impactar positivamente a sociedade é muito superior se comparado às anteriores, acredita o pesquisador. Essa capacidade de transformação está relacionada à criação e aplicação de conhecimento, aspectos em que a geração Z se vê beneficiada.
O estudo conclui que, de toda forma, não podemos prever qual será o comportamento desses jovens adultos nos próximos anos. Logo eles farão parte de um público mais maduro, terão outras preferências e novos hábitos de consumo. Apenas o tempo dirá se as expectativas positivas em relação aos “Zs” se confirmarão.
Autor: Ana Oliveira - Estudante de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay