Gaia, a alma do planeta, é tema de abertura da 2ª Maratona de Saúde
Autor: Matheus Pferl - Estagiário de JornalismoTeve início às 9h da manhã desta sexta-feira, 30.abril.2021, a II Maratona de Saúde. São 12 horas de palestras, debates e trocas de conhecimento a respeito de temas atuais. O objetivo do evento é promover a conscientização de todo o público sobre a pandemia, além de discutir tendências e novidades na área da saúde. A maratona é promovida pela Escola de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades.
O evento de abertura teve a mediação do professor Alessandro Castanha, e contou com as participações do reitor, Benhur Gaio, do vice-reitor, Jorge Luiz Bernardi, do diretor da Escola de Saúde, Rodrigo Berté, e do professor Nelson Castanheira, pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão.
Abertura
Benhur iniciou ressaltando o investimento da Uninter no ensino híbrido, e que a adaptação de professores e alunos foi muito rápida. “Nós estamos muito focados no ensino híbrido, a Uninter já é uma referência. Em praticamente 3 dias os professores foram qualificados e começaram a ministrar aulas de suas residências, tivemos uma mudança muito acelerada. Esse é um momento de muita incerteza e angústias para todos nós, e o estímulo de empatia é um processo contínuo. O telepresencial, que foi implementado em março deste ano, já é um sucesso. É uma sala de aula do tamanho do mundo”.
Nelson Castanheira falou sobre a importância da Maratona de Saúde, com temas relevantes num momento em que estamos aprendendo muitas lições, e temos a necessidade de nos reinventar. “O relacionamento da sociedade mudou e provavelmente jamais será o mesmo de antes da pandemia, todos nós estamos aprendendo a inovar. Desenvolvimentos fantásticos estão ocorrendo em diversas áreas. O futuro nos reserva no mínimo mais investimento em ciência e a valorização de profissionais que muitas vezes eram esquecidos, epidemiologistas, sanitaristas, entre outros. O mercado da tecnologia em geral continua crescendo expressivamente. E na área de educação estamos também crescendo, a modalidade a distância é tão boa quanto a presencial, se não melhor. Os trabalhadores precisam desenvolver novas habilidades e se preparar para esse futuro híbrido. É necessário se reinventar”, completa.
Rodrigo Berté lembrou do sucesso da primeira edição da Maratona de Saúde, no ano passado, e se mostrou animado com o evento. “A nossa primeira maratona foi uma ótima experiência. Muita gente participou, e hoje temos uma participação massiva de mais de 2 mil pessoas. Agradeço a todos os colegas e professores que estarão nessas 12 horas de maratona, estaremos aqui debatendo a ciência, por isso escolhemos profissionais renomados, e a grande maioria deles são nossos professores”, afirma.
Jorge Bernardi falou da relação corpo e alma, e faz uma analogia com a mitologia grega: “Para curar o corpo é preciso curar a alma. Vamos falar da Gaia, do nosso planeta, que está enfrentando uma dificuldade muito grande, não é a primeira vez que o planeta está enfrentando uma pandemia e certamente não será a última”, completa.
GAIA
Na mitologia grega, Gaia é a deusa que representa a terra e toda a criação. Significa o elemento primordial, a mãe terra da mitologia grega, a essência primeira latente que potencializa e que tudo gera, portanto é a origem de tudo.
Jorge Bernardi falou sobre a vida na terra, desde os dinossauros até o desenvolvimento dos homens. Comentou também sobre o desenvolvimento das civilizações, trazendo características que tornam uma civilização desenvolvida, falou sobre a teoria do Big Bang, sobre estudos de vida fora da terra, e sobre o futuro. “Nosso futuro está no espaço, ir para Lua, Marte, e não só nos planetas próximos da terra, mas também colonizando nossa própria galáxia. Elon Musk quer levar 1 milhão de humanos a Marte até 2050”, ressalta.
Esse momento atual também tem a ver com o aquecimento global, que vem gerando preocupações desde antes da virada do século. A temperatura média do planeta aumentou 1 grau celsius de 1980 a 2020. Se aumentar ainda mais existe a chance de provocar a extinção de várias espécies no planeta, o que seria uma catástrofe. Além disso, poderá trazer diversas consequências, como aumento do nível do mar, derretimento nas áreas polares, ondas de calor enormes, maior incidência de ciclones tropicais, secas extremas, falta de água, entre outros. Pode haver inclusive o desaparecimento de vários países, como por exemplo as Ilhas Maldivas.
Bernardi trouxe para o debate uma carta que foi desenvolvida pela Organização das Nações Unidas para alertar sobre os cuidados que o planeta exige. “Existe um movimento planetário chamado de ‘carta da terra’, proposto pela ONU. É um documento que todos nós temos que conhecer, que tem 4 tópicos: respeitar e cuidar da comunidade da vida; a integridade ecológica; a justiça social e econômica; e a democracia, a não violência e paz”, afirma.
Jorge Bernardi encerrou sua fala com um pedido. “Devemos proteger a nossa gaia, o nosso planeta, pois é a nossa casa, é aqui que a vida evoluiu. Se nós queremos explorar outros lugares, o primeiro lugar que devemos cuidar é o nosso planeta”, concluiu.
Você pode acompanhar a gravação completa pela página oficial do evento no Facebook.
Autor: Matheus Pferl - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Beate Bachmann/Pixabay