Fisioterapia transforma a vida dos estudantes e conquista nota máxima do MEC

Autor: Nayara Rosolen - Jornalista

Acordar cedo, cuidar dos filhos, realizar os afazeres de casa e ainda conciliar um emprego de no mínimo oito horas por dia, é uma conta que nunca fecha, principalmente com a necessidade de uma formação superior para se manter atualizado no mercado de trabalho. Isso tem feito muitos profissionais repensarem os modelos de trabalho em que estão inseridos e preferir cada vez menos uma função com carteira assinada pela CLT.

A flexibilidade de poder fazer os próprios horários e conciliar com as demais atividades tem se tornado um desejo cada vez maior. Autonomia que a educação de qualidade consegue proporcionar, e que é uma das missões da Uninter enquanto instituição de ensino superior que visa uma formação emancipadora.

Depois de três anos de organização, planejamento e dedicação, a massoterapeuta Kassia Bredon, de 34 anos, se tornou autônoma. Estudante do curso de Fisioterapia da Uninter, vinculada ao polo de Campo Largo (PR), ela participou do processo de avaliação do MEC, no qual a graduação conquistou a nota cinco, conceito máximo do órgão.

“Tenho um apreço grande pela instituição, professores e colegas também. Me identifiquei muito na metodologia semipresencial. É difícil ter paciência e disponibilidade de estar todo dia em uma sala de aula. O acolhimento da Uninter é sensacional, sempre tive muito contato com os professores. Desde o começo da graduação, nunca tive nenhum desconforto, sempre fui atendida nas minhas solicitações e dúvidas. Minha formação é excelente, eu tinha certeza que iria dar tudo certo [na avaliação], porque não há nada que desabone a faculdade, o que dá ainda mais credibilidade ao curso e à instituição”, afirma a estudante.

Kassia adentrou o mundo da saúde desde muito nova, quando começou a trabalhar, entre os 16 e 17 anos. O primeiro emprego na recepção de um hospital de otorrinolaringologia logo a promoveu para a administração. Alguns anos depois, decidiu fazer um curso técnico de instrumentação cirúrgica, área na qual atuou por algum tempo, mas não deu sequência por não se adaptar à rotina do centro cirúrgico.

A jovem seguiu trabalhando em escritórios e hospitais, mas sempre vinculados à saúde. Até que surgiu uma oportunidade em uma revista, também na mesma área, mas para o cargo de coordenação de matérias, auxiliando também na correção de textos e designação de profissionais para os conteúdos. Mesmo com o incentivo e inspiração de uma amiga fisioterapeuta, Sibeli, para atuar de forma efetiva na saúde, no auge dos 20 e poucos anos Kassia não tinha certeza sobre o que gostaria de fazer.

Em 2018, então, engravidou da primeira filha e saiu do emprego na revista. Em acordo com o pai da bebê, decidiu que não voltaria a trabalhar no primeiro ano após o nascimento. Com o tempo que tinha em casa, entre um afazer e outro da maternidade, conversou com uma colega que cursava Fisioterapia na Uninter e quis entender melhor a metodologia semipresencial. “Fiz a matrícula e estou aqui muito feliz e realizada, sabendo que, com certeza, essa foi a minha melhor escolha na área profissional”, declara.

Há quase três anos, Kássia voltou para o mercado de trabalho, na recepção do consultório de dermatologia da Dra. Christiane Mischiatti. Mas desde que entrou, deixou claro que havia um prazo de validade para a função. Apaixonada pela terapia manual durante a graduação, decidiu fazer ao mesmo tempo um curso de massoterapia e começou a planejar a transição do trabalho CLT para os atendimentos massoterapêuticos.

O aviso prévio aconteceu com um ano de antecedência, ainda em 2023, com a saída definitiva no começo deste mês. Com isso, veio também a oportunidade de realizar os serviços de massoterapia e estética facial no mesmo consultório.

“Essa minha programação veio justamente para que eu chegasse no quinto ano da faculdade em que eu precisaria ter o meio período livre para realizar estágios de maneira mais tranquila. Esse é o ano que tenho para consolidar minha agenda de atendimentos e ter tempo ‘livre’ para estágios e TCC. Fico imensamente feliz, porque é um local em que eu gosto muito de trabalhar, onde conheço os pacientes, rotina e tenho confiança. É gratificante sair de uma função para outra e ter o reconhecimento dos colegas de trabalho e pacientes”, salienta Kassia.

Para a estudante, o ponto crucial dos estudos é a flexibilidade de horários para se dedicar ao material “rico em conteúdo” e complementos “de excelente qualidade” nas bibliotecas virtuais que o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Univirtus oferece. Além disso, ela atua como monitora e recebe uma bolsa de estudos de 50% da mensalidade, o que a ajuda financeiramente. “Decidi participar pela vontade de seguir a carreira na área da docência. Ter experiência é primordial para iniciar meus passos”, conta.

Kassia enxerga a fisioterapia com uma “importância imensurável para toda a sociedade” e acredita que pode contribuir ainda mais para o bem-estar e qualidade de vida nas mais diversas condições de saúde. A graduanda lembra de uma frase dita pela coordenadora do curso, Fernanda Cercal, sobre “dar vida à vida”.

“Almejo atuar dentro da fisioterapia de maneira que possa melhorar a qualidade de vida das pessoas que estiverem em meu caminho. Isso me motiva a sempre buscar mais conhecimento e entregar o melhor que eu puder aos pacientes. Além disso, poder também atuar na docência, ajudando a formar profissionais e plantar uma sementinha de todo esse amor em mais corações”, conclui Kassia.

Excelência somada à dedicação

David Lopes, também com 34 anos, chegou até o curso de Fisioterapia da Uninter de uma forma completamente diferente. Em 2018, ele já havia ingressado na graduação de Licenciatura em História e em 2019 atuava como segurança de uma corretora. No mesmo ano, iniciou a prática de Jiu-Jitsu e, devido a dores nas articulações do corpo que o esporte pode gerar, teve o primeiro contato com a quiropraxia, por meio de vídeos na internet.

Ao se interessar pela profissão, David buscou por mais informações e decidiu trocar a formação de História por Fisioterapia, para depois, então, realizar uma pós-graduação em quiropraxia e osteopatia. No segundo ano, ingressou em um curso livre de quiropraxia, no qual aprendeu a fazer a liberação miofascial e outras terapias manuais. Desde então, atende clientes na área e, atualmente, é estagiário na Clínica Cince, de saúde integrativa no esporte.

“Muito da experiência que tenho hoje é por causa dessa oportunidade de poder trabalhar com profissionais bem capacitados. Devo isso à professora Fernanda Cercal e ao professor Elgison Santos, que me indicaram para essa vaga. Sem dúvida, o diferencial foi a possibilidade de ter esse vínculo com os dois, onde consegui tirar todas as minhas dúvidas e consegui mostrar meu potencial, ao ponto de confiarem em me indicar”, declara David.

A coordenadora destaca que tanto David quanto Kassia são estudantes que sempre estiveram envolvidos no curso e participam de todos os eventos, aulas tira-dúvidas e oportunidades de atender à comunidade.

“Isso por si só já mostra o que querem e vieram fazer, estão se dedicando. Considero que são destaques, porque demonstram que não esperaram terminar a formação para tentar cumprir os objetivos que têm. A fisioterapia trabalha com o cuidado e a reabilitação e os dois nessas duas áreas que têm de formação prévia, fazem exatamente isso. Procuraram a fisioterapia para complementar o conhecimento e ter muito mais respaldo científico para atuar em cada uma das profissões”, garante Fernanda.

Para David, “desde sempre foi muito fácil lidar com a Uninter”. O estudante destaca que junto de uma boa graduação, é importante também ter a dedicação necessária para aplicar os conhecimentos. “Não adianta estudar na melhor instituição e não saber passar o que adquiriu”, diz.

Fernanda explica que, apesar de a graduação estar registrada como educação à distância no MEC, com a metodologia semipresencial os estudantes precisam ir até os Laboratórios Presenciais de Apoio Didático (LAPAD) para executar as práticas de cada uma das disciplinas. São mais de 40 unidades espalhadas por todo o Brasil, que atendem estudantes vinculados aos polos de apoio presencial (PAP) nas respectivas regiões.

O que diferencia o curso dos demais da área é o trabalho de cada um dos professores nos LAPADS, que atuam por meio das metodologias ativas e colocam os estudantes como protagonistas do processo de ensino-aprendizagem. A docente também destaca as atividades para além das aulas, com atendimentos à comunidade e extensionistas, que são loco-regionais.

“Estão bem estruturadas e vão formar o perfil mais crítico, reflexivo e, acima de tudo, humanista para o nosso aluno. Não é só ser fisioterapeuta, ele tem que saber conviver em sociedade, porque vai atender essa população”, complementa a coordenadora.

A coordenadora salienta que institucionalmente o corpo docente e estudantes também são bem amparados. Com os programas de monitoria e iniciação científica, que aproximam ambas as partes. Além disso, desde o início do curso, em 2020, foi implantado um tira-dúvidas semanal, em que os alunos conseguem manter um contato direto com a coordenação e tutoria.

“Eu sou muito grata por estar em uma instituição que realmente tem essa consciência da qualidade, do ensino, que respaldam todas as suas ações nas resoluções que existem a legislação e de forma correta. Isso nos traz a segurança de estar à frente do MEC. Quando temos esse respaldo institucional, todo mundo sabe o que está fazendo e tem um mesmo objetivo se torna até fácil. É simplesmente colocar no papel o que já fazemos e mostramos com alegria tudo o que foi feito. Foi isso que eu senti nesse processo [de avaliação], uma grande alegria de poder mostrar um pouco do que fazemos aqui”, conclui.

Os formandos têm uma base sobre as 16 áreas de atuação do fisioterapeuta e concluem a graduação como generalistas, para então escolherem um aprofundamento nas especializações. Alguns campos que estão mais em evidência no momento são a fisioterapia respiratória, por causa da Covid-19 e suas sequelas, e a oncológica, devido à crescente da doença a nível mundial. Assim como a fisioterapia em saúde da mulher, cada vez mais.

David diz já estar bem encaminhado, “graças a Deus”, mas o objetivo daqui para frente é montar a própria clínica e ser uma referência na área que escolheu.

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Autor: Nayara Rosolen - Jornalista
Edição: Larissa Drabeski


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