Fichamentos e mapas mentais são muito úteis no processo de aprendizagem

Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de Jornalismo

Muitos estudantes apresentam dificuldades na hora de estudar para realizar avaliações ou mesmo para desenvolver trabalhos que demandam pesquisa, devido à grande quantidade de conteúdos e bibliografias disponíveis. Para isso, existem algumas técnicas que podem auxiliar nesses processos criativos e de aprendizado.

Durante o programa Dialogando com a Educação do dia 19.nov.2020, os professores da Escola Superior de Educação da Uninter Bruno Simão e Vanessa Queirós debateram sobre o tema Como fazer fichamentos e estudar por mapas mentais. A transmissão ao vivo aconteceu através da página de Educação.

Fichamentos

Vanessa explica que fichar é “sintetizar, documentar, identificar as principais ideias e conceitos de uma obra”. Isso ajuda no planejamento da produção do próprio texto, além de ser uma ótima maneira de organizar os estudos por temas, livros e capítulos. Bruno ainda diz que isso facilita a própria realização de avaliações que trazem citações dos conteúdos nos enunciados, “já é uma orientação para que o aluno consiga organizar os seus estudos a partir das questões”.

A professora apresenta três possibilidades de trabalhar com fichamentos: o de citação ou transcrição direta, que é uma reprodução fiel do texto; o bibliográfico, realizado com um comentário crítico sobre o texto ou a obra; e o de resumo, em que se expõem as principais ideias do autor com as próprias palavras. Cada uma delas exige um tipo de referência.

Bruno lembra que muitas vezes os alunos ainda “têm a concepção de que resumo é copiar trechos” do conteúdo, como muitas vezes é feito na educação básica. O que é incorreto. Vanessa afirma que são técnicas que precisam ser exercitadas, pois o aprendizado não acontece “do nada”. Ela aconselha o treino para que se crie um hábito.

Além disso, o fichamento pode auxiliar bastante o processo de criação do trabalho de conclusão de curso (TCC). Mesmo que normalmente ele só seja realizado no final da graduação, quando já se tem um tema em mente, é possível armazenar conteúdos para que não se percam com o tempo e sejam utilizados na hora da produção. Vanessa ressalta que mesmo que a temática mude, “tudo é conhecimento e crescimento, nada é perdido”.

Para a organização desse material, a professora indica que, caso seja feita no papel, os estudantes usem caixas ou pastas com divisórias para separar cada um de seus fichamentos. No caso do armazenamento digital, ela aconselha a criação de pastas, uma para cada conteúdo, intituladas com os respectivos nomes.

Mapas mentais

O cérebro humano trabalha com conexões e é através dessas associações que acontece o aprendizado a longo prazo. O professor Bruno explica que não adianta decorar um conteúdo, é importante organizar a partir das preferências do cérebro para que haja uma compreensão efetiva. Os mapas mentais surgem para cooperar nesse sentido.

A técnica foi criada em 1970 pelo psicólogo Tony Buzan. A ideia é colocar a ideia central do tema em uma folha e, a partir dela, ramificar o conteúdo relacionado a ela em tópicos ao redor. Bruno explica que o intuito é “aprimorar o processo de aprendizagem e memorização do indivíduo utilizando uma abordagem não linear, desencadeando informações”.

“O mapa mental é basicamente a mesma coisa que o cérebro faz para armazenar as informações, como se fosse uma rede de pesca ou vários galhos de uma árvore que saem de um núcleo para as extremidades”, afirma o professor.

Bruno ressalta que o método é mais simples do que aparenta. Além de ser fácil de ser produzido, traz vantagens como a redução de estresse provocado pelo excesso de informações; maior controle sobre os processos criativos e analíticos; é mais perceptivo e interessante, torna o conteúdo mais atraente; impulsiona a produtividade e é fácil de reestruturar.

Questionado sobre a relação do mapa mental com o conceitual, o profissional diz que há uma diferença. “O mapa conceitual é uma técnica de visualização de relações, é um diagrama que funciona de cima para baixo, mostra a relação entre os conceitos, incluindo conexões que são cruzadas. Ali você vai trabalhar com conceitos mesmo, pode até trabalhar com texto maior nesse sentido”.

Já o mapa mental possibilita uma organização mais livre, o criador pode ser mais inventivo na disposição das ideias.

Durante a transmissão, Bruno e Vanessa apresentam, na prática, como realizar as técnicas, tanto no papel, quanto em ferramentas digitais, como o Canva. O bate-papo completo segue disponível para acesso.

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Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Gerd Altmann/Pixabay


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