Faltou o tema “mulher” em campanha digital
As mulheres representam 52% do eleitorado brasileiro e, apesar de serem a maioria, o número de cargos políticos ocupados por elas ainda é muito baixo. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as candidatas que se elegeram como deputadas federais nas eleições de 2018 representam 15% do total de vagas, no senado elas são 13% e apenas um estado, o Rio Grande do Norte, elegeu uma mulher para governadora.
Avaliar o discurso das candidatas para os governos estaduais nas redes sociais foi o tema do trabalho apresentado na XIV Edição do Enfoc 2018 (Encontro de Iniciação Cientifica) pelas alunas Juliane Aparecida Vieira de Lima, do curso de Jornalismo, e Bárbara Miqueline Peixoto de Freitas, do curso de Direito da Uninter.
A intensão das autoras era observar como as candidatas se comportavam com o público feminino e suas demandas em postagens no Facebook. A pesquisa apresentada por elas acompanhou todas as publicações que continham a palavra “mulher” das candidatas Kátia Maria (GO), Dirlene Marques (MG), Cida Borghetti (PR) e Suely Campos (RR). O resultado pontuou fatos interessantes sobre como as candidatas exploraram esse universo.
Postagens com a palavra “mulher” foram inferiores a 50% nas publicações de todas as concorrentes ao cargo público. Independente de posição política, as candidatas falaram pouco sobre as demandas das mulheres. “Ser uma mulher na política ainda não significa ter protagonismo no discurso”, sinaliza Juliane.
Ao ser questionada sobre como foi a experiência de participar do ENFOC, Juliane afirma: “Foi enriquecedora, principalmente pelo fato do feedback dos outros participantes e por ver os trabalhos dos outros colegas também”.
Autor: Juce Lopes - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro