Evento debate novas formas de publicidade para chegar ao público

Se você mora em alguma cidade brasileira de médio ou grande porte, talvez já tenha se deparado com algum outdoor digital. Grande painéis digitais luminosos existem há bastante tempo na Times Square, em Nova York (EUA), e em Tóquio, no Japão, por exemplo, mas só há uns 10 anos essa inovação chegou ao Brasil. Além dessa forma de mídia externa, o país também já conta com a mídia indoor em elevadores e aeroportos.

O outdoor surgiu no Brasil em 1929, São Paulo, a partir da inauguração da primeira empresa deste segmento no país: a Publix, em funcionamento até os dias de hoje. No início, os outdoors eram menores, recortados em formato oval e colados em postes. Distribuídos entre vários pontos da cidade, os outdoors são inovação no setor de publicidade externa. Porém, isso não significa que o modelo tradicional irá ser esquecido.

“Não tínhamos essa facilidade da televisão, da internet e do sinal digital”, lembra  o presidente do Sindicato das Empresas de Publicidade Externa do Estado do Paraná (Sepex-PR), Romerson Faco. “Quem não reinventar e se estruturar vai ficar para trás”, afirmou Faco durante o “EventCom”, encontro realizado nos dias 26 e 27 no auditório do campus Garcez da Uninter, em Curitiba. Segundo ele, 90% das empresas de mídia exterior no estado são familiares.

O objetivo do evento foi mostrar novidades do setor para empreendedores e estudantes da área. Outros profissionais do mercado de comunicação marcaram presença no evento. Halisson Pontarolo, CEO da Mídia Outdoor, abordou, por exemplo, como a legislação de Curitiba permite outdoors estáticos e em vídeo. A primeira palestra foi com o comunicador Paulo Gomes, âncora do programa Cidade Alerta da RIC-TV Record, seguido de Johhny Linhares, apresentador do programa “Boa da Pan”, da rádio Jovem Pan.

A programação do primeiro dia contou com mais quatro discussões. A mídia externa (Ouf of Home) esteve presente entre os temas discutidos. Oto Moreira, CEO da Everywhere Analytics, diz que as empresas estão cada vez mais investindo em mídia exterior. Douglas Tsukimoto, diretor de Marketing da JC Decaux iniciou sua apresentação com uma frase usada por Maurice Levy, em uma de suas convenções: “Vocês precisam entender que o OOH (Out Of Home) vai ser a última mídia de massa que vai existir no mundo”, diz ele.

Douglas exibiu ainda informações do meio digital. “A Internet já é o primeiro meio em exposição para os mais novos”, comentou. O publicitário afirmou que o digital é o principal meio da nova geração. O evento apresentou módulos de mídias digitais, agências de publicidade e propaganda, mídias OHH e veículos de comunicação.

“Foi muito importante, para estreitar a relação da academia (nossos alunos e professores) com notórios profissionais do mercado. Essa aproximação, favorece novas parcerias e alianças nos cursos de Comunicação Social do Grupo Uninter. Também para os alunos lançarem novos olhares às políticas vigentes dos meios e veículos, compreendendo como o mercado da comunicação, se alinha e ajusta às mazelas do segmento”, disse o coordenador do curso de Publicidade e Propaganda da Uninter, Alexandre Correia dos Santos.

“Num mundo cada vez mais globalizado e digitalizado, com a multiplicidade de opções midiáticas, todos os meios de comunicação estão precisando passar por mudanças, se reinventar para garantir a manutenção e sua permanência em um mercado que se transforma a cada dia e que não permite falhas de atualização, e deve estar conectado em tudo o que é tendência vigente de mercado e segmento. O mercado de comunicação não admite mais players que não se atualizem e que entreguem um serviço ou produto defasado em relação às práticas e aplicações mundiais”, explica Alexandre.

Evandro Tosin - Estagiário de Jornalismo

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