Estudo sobre tratamento térmico de motores rende prêmio a professora
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) realiza em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq) o programa Inova Talentos, que abre portas para empresas, estudantes e recém-formados mostrarem na prática os seus conhecimentos. O objetivo é aprimorar e ampliar o número de profissionais qualificados em atividades de inovação promovendo projetos de pesquisas e desenvolvimento nas empresas. Dayane Perez Bravo, professora da Escola Politécnica da Uninter ficou entre os três melhores do programa no Paraná, na categoria Equipe Destaque, que avalia o envolvimento do candidato com a empresa e o projeto desenvolvido.
Dayane fez parte do projeto ainda quando cursava seu mestrado em engenharia. Com graduação em matemática, foi em busca da prática. Desenvolver o que sabia era essencial para ela. Esse foi o principal motivo para se jogar de cabeça do Inova Talentos. Concorrendo com outros candidatos do Paraná, a professora foi uma das selecionadas para a próxima etapa. Ocupando o segundo lugar, ela concorrerá com os três finalistas de cada estado na premiação nacional no dia 10 de novembro.
O projeto desenvolvido pela professora Dayane foi feito na empresa Robert Bosch Ltda e o trabalho teve relação com o tratamento térmico de peças de motor de caminhão. Para executar esse tratamento é preciso seguir normas e uma delas são as estatísticas, ou seja, os índices de capacidades. O problema é que para conseguir esses dados é preciso fazer o tratamento repetidas vezes, mas o produto é danificado se passar por mais de uma vez por esse processo.
Pensando nisso, Dayane criou uma forma de mostrar que apesar de não serem feitos repetidas vezes o processo de índices de capacitação das peças, o processo de tratamento térmico da empresa não apresentava nenhuma irregularidade. Sem nunca ter provocado acidentes de trabalho e nem acidentes na estrada. Com pesquisas e aplicações práticas do que sabia, a professora fez um relatório explicando e justificando seu trabalho na empresa. “Fiz o projeto junto com meu mestrado, foi uma loucura”, diz.
A professora deixa um incentivo para todos os alunos que pensam em se inscrever em projetos como esse, mas têm receio. Ela conta que ao começar a fazer o programa seu desempenho acadêmico aumentou, mesmo tendo de dividir o tempo entre as duas atividades. “Quando você tem muita coisa para fazer, você se obrigada a regular seu tempo. Dessa forma você começa a policiar seu tempo e a realizar as tarefas com mais qualidade”, diz Dayane.
Autor: Camila Toledo - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Assessoria