Estudantes aprendem a construir foguetes com recicláveis

A partir das próximas semanas, um grupo de professores das Práticas de Ciência e Tecnologias, das escolas municipais de educação em tempo integral de Curitiba, vai ensinar a construção de foguetes para estudantes de turmas de 1º ao 5º ano, do ensino fundamental, usando materiais alternativos. A construção dos modelos é uma das propostas do curso “Tecnologias integradas ao ensino de astronomia nos anos iniciais”, oferecido aos professores municipais por meio da parceria entre a Secretaria Municipal da Educação e o Centro Universitário Internacional Uninter.

Construídos com garrafas pet, tubos de PVC, papel cartão, fitas adesivas e usando a combinação de vinagre e bicarbonato de sódio, os foguetes servirão para ensinar as crianças a planejar, construir e lançar os protótipos, tornando o aprendizado de ciência, tecnologia e sociedade mais práticos, lúdicos e significativos.

A atividade, explica a responsável pela área de Práticas de Ciência e Tecnologias da Secretaria Municipal da Educação, Kelly Dayane Aguiar, segue os princípios da gestão, de impulsionar soluções inovadoras para tornar a educação mais dinâmica, prazerosa e colaborativa. “O objetivo é criar repertório para que os professores inovem suas metodologias e promovam a alfabetização científica dos estudantes”, diz Kelly. São 32 horas de cursos, divididos em quatro encontros presenciais, atividades realizadas no Google Sala de Aula e oficinas práticas com os estudantes nas escolas.

Ensino híbrido

Os professores são incentivados a planejar oficinas a partir do ensino híbrido. Associam o uso de celulares, aplicativos, computadores, vídeos, construção de modelos, análise de filmes e história da Ciência ao conteúdo da Astronomia. Um dos docentes do curso, o PhD em Astronomia na França, Germano Bruno Afonso, uma das referências sobre o tema no Brasil, defende o modelo de formação. “O curso é prático para que os professores desenvolvam uma metodologia mais ativa, que estimula o protagonismo, a pesquisa e o senso crítico dos estudantes”, diz Germano.

Para desenvolver os foguetes, os estudantes fazem cálculos matemáticos, avaliam condições climáticas, posição do vento, ângulos e compreendem como elementos simples podem ser transformados em tecnologia. Uma das cursistas é a professora Marily Chaves Orsolon, da unidade de educação em tempo integral II, da Escola Municipal Irati, no Cajuru, que já programou uma atividade de construção de foguetes, na tarde desta terça-feira (17/4).

“A formação contribui para deixarmos as aulas mais instigantes, adequadas ao novo perfil de estudantes que temos em sala de aula”, conta Marily. A atividade acontecerá em parceria com estudantes do ensino médio do Colégio Estadual do Paraná que vão adicionar sistema de motor aos foguetes feitos de materiais reciclados.

Olimpíada

O curso, que está na 3ª edição, também é um incentivo à participação dos professores e estudantes na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), em maio. Mais de 150 professores já participaram da formação que tem refletido nas salas de aula, com um ensino mais dinâmico, que aprofunda os conhecimentos científicos e tecnológicos.

Outro resultado é a rede colaborativa formada por professores, usando um aplicativo de conversas pelo celular, para esclarecer dúvidas, compartilhar planejamentos e atividades diferenciadas desenvolvidas nas escolas.

Também foram docentes do curso o professor mestre em educação e novas tecnologias, Yuri Bruno Afonso, e o professor da Escola Municipal Santa Anna Mestra, no Tatuquara, Ezequiel Neves da Silva, além de acadêmicos do Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias da Uninter.

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Autor: SMCS
Créditos do Fotógrafo: Pedro Ribas/SMCS

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