Estudante de Ciências Biológicas é aprovado em primeiro lugar em mestrado
Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de JornalismoElissandro Santana, estudante do curso de Ciências Biológicas da Uninter, conquistou o 1º lugar no mestrado em Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável da Escola Superior de Educação de Conservação Ambiental e Sustentabilidade (ESCAS), pertencente ao Instituto de Pesquisa Ecológicas (Ipê).
Vinculado ao polo de Eunápolis (BA), o acadêmico já possui formação em Geografia, Gestão Ambiental e Letras. No entanto, desde a infância é apaixonado por temas ligados à biologia. Nascido na cidade de Cícero Dantas (BA), território conhecido como Semiárido Nordeste Baiano II, ao terminar o ensino médio não existia a oferta do bacharelado em Ciências Biológicas na região. Mesmo assim, Elissandro conta que a questão ambiental sempre fez parte da sua vida.
“Nasci numa cidade de transição, no agreste baiano, uma área com característica da Zona da Mata e da Caatinga [foto] ao mesmo tempo, mas com predominância da Caatinga”, diz. “Desde muito cedo, me interessei pela vida em todos os aspectos e possibilidades no sertão, espaço com o qual sempre me relacionei com o verde que chegava com as chuvas e a seca que assolava a maior parte do tempo. Fenômenos que sempre interferiam na dinâmica de todos os seres vivos na região, inclusive na minha existência. Foi a partir dessa empiria que o meu desejo por entender a vida e todas as suas nuances surgiu”, lembra.
O agora mestrando, acredita que a formação na Uninter é importante em muitos aspectos diante da aprovação no mestrado, visto que dialoga com as discussões no curso. “O bacharelado em Ciências Biológicas pesou bastante na escolha do programa, pois quero avançar nos debates no que concerne à conservação da biodiversidade e desenvolvimento sustentável. Sem dúvida, estou feliz, pois a ESCAS é incrível e, o mais importante de tudo, forma para além da teoria e busca despertar o melhor que há em cada aluno e pesquisador”, afirma.
Com vários artigos publicados em revistas como a Iberoamérica, Sustinere e Geographia Opportuno Tempore, o foco de pesquisa no mestrado agora é centrado na conservação de ecossistemas, como a restinga e o manguezal na cidade de Porto Seguro (BA), mas o objeto de estudo ainda está sendo delimitado, devido ao interesse em questões relacionadas ao bioma onde nasceu. Para Elissandro, pesquisa significa avanço. “Publicar é viver e contribuir para a sociedade, mesmo que faça isso há anos sem fomento e apoio financeiro”, complementa.
Trajetória acadêmica e profissional
Atualmente, Elissandro é professor na Faculdade Nossa Senhora de Lourdes (FNSL), em Porto Seguro (BA), instituição em que atua nos cursos de Administração, Pedagogia e cursos de extensão em língua portuguesa para alunos da comunidade interna e externa, inclusive no Peru, parceria internacional de extensão. Ao mesmo tempo, também atua como colunista e tradutor no Portal Desacato, como parecerista em duas revistas do Rio de Janeiro e é editor de meio ambiente e revisor na Revista Latinoamérica, de São Paulo.
Apesar de ainda não exercer a profissão de biólogo, o profissional conta que possui um longo percurso de ativismo ambiental, pesquisas e publicações científicas que se relacionam diretamente com temas que interessam à biologia e à ciência da natureza. Neste caminho, Elissandro também está finalizando a pós-graduação em Microbiologia clínica, ambiental e alimentos.
Até chegar à graduação no centro universitário, passou por áreas com as quais sempre se identificou e estas forneceram condições para avançar com mais segurança nas discussões em ciências biológicas. Em busca de um curso com a flexibilidade do ensino a distância, uma grade de disciplinas e modelo didático que dialogasse com as próprias exigências e necessidades, encontrou a Uninter.
“O ponto forte do meu curso é o corpo docente e, dentre as profissionais que dele fazem parte, faço questão de mencionar a querida professora Thaisa Nadal, as sempre atentas e dialógicas Nicole Witt e Júlia Bertoti, personagens ímpares, sempre muito atentas às necessidades de cada discente. Com elas e com outros professores, que não mencionei o nome, mas que também são importantes, a gente avança, aprende e cresce”, salienta.
De acordo com as professoras da área de Geociências, Elissandro é um estudante muito comprometido com o curso e as disciplinas, e tem participação ativa em todos os eventos e aulas interativas.
Neste período de pandemia, o acadêmico destaca a importância que tiveram os encontros interativos e leituras em torno da biologia. “A biologia teve um peso gigante na forma como devo olhar para a vida daqui para frente. Ademais, as aulas em ciências biológicas me fizeram despertar para uma série de interesses de pesquisa e, principalmente, para a escolha do programa em que fui aceito”, conclui.
Após a conclusão do curso, prevista para 2023, Elissando quer atuar como biólogo, na área da conservação, e acredita que o mestrado na mesma linha será fundamental para ampliar saberes e horizontes de atuação em projetos socioambientais, além de aperfeiçoar as ações na educação ambiental como professor. O profissional já se visualiza no futuro “atuando como biólogo e professor na Uninter, quem sabe”.
Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
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