Entre as vozes do Paraná, uma história dedicada à inclusão
Letícia Costa – Estagiária de Jornalismo
O gênero literário “biografia” consiste na narração da história de vida de uma pessoa que por algum motivo se destacou das demais. No caso de Leomar Marchesini, coordenadora do SIANEE (Serviço de Inclusão e Atendimento aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais) da Uninter, a biografia aconteceu de forma inesperada. A professora recebeu um telefonema informando que havia sido incluída no livro Vozes do Paraná Volume 9 (Editora Esplendor), do jornalista Aroldo Murá, onde são contadas história de paranaenses que se destacam em diversas áreas.
Em 366 páginas, o livro conta a história de 21 personagens preponderantes no estado, dentre eles está Leomar, que se destaca no trabalho de inclusão das pessoas com deficiência no ensino superior. A professora integra o grupo de pessoas que não se contentam com aquilo que já está posto e fazem a diferença acontecer para melhorar a vida daqueles que precisam. Por isso, criou em 2005 o SIANEE na Uninter.
Leomar conta que se sentiu honrada com a inclusão de sua história no livro e destaca o fato de o jornalista não escolher compor essa e as demais edições apenas de personagens “óbvios”. “O Aroldo ter me incluído nesse livro foi uma honra muito grande. Sei que ele é um jornalista muito sério e respeitado e sei que esse livro é muito importante porque traz histórias de pessoas que não são conhecidas. Quer dizer, não é aquele livro óbvio que traz sempre as mesmas pessoas que são faladas em todos os meios e sim pessoas que para ele merecem ser destacadas por fazer um trabalho importante no Paraná”, diz.
O processo aconteceu da seguinte forma, Leomar recebeu uma ligação de Aroldo informando sobre a inclusão de sua biografia no livro, em seguida foi a jornalista Marisa Valério quem entrou em contato com Leomar e agendou uma reunião na casa de Murá para uma conversa que duraria três horas. Além dos relatos, álbuns de fotografia foram emprestados e a narração e vivências da vida da professora estavam eternizados sob o olhar do jornalista.
“Não consigo separar a imagem de Leomar Marchesini de dois elementos: a educação e a inclusão de deficientes de toda natureza na vida universitária. Para mim, essas marcas são uma espécie de ‘segunda natureza’ da psicóloga nascida para educar. É educadora por direito de nascença, o DNA do educar, instruir, ensinar está claramente inculcado nela”, diz Aroldo Murá em Vozes do Paraná Volume 9.
Trabalhar com inclusão, segundo a professora, é sinônimo de enfrentamento e, para ela, a narração e reconhecimento de sua trajetória é também o reconhecimento do SIANEE e da Uninter. Afinal, o trabalho é realizado em equipe e a instituição dá todas as condições para o de atendimento aos alunos com deficiência.
“Mais que um trabalho, a inclusão é uma luta constante. A gente está sempre brigando e lutando pelo respeito. Isso envolve muitas vezes custos e envolve também pessoas que tem preconceitos”, conta Leomar. “Achei também muito importante porque não fui apenas eu a homenageada, mas também o SIANEE. Esse trabalho é feito com um a equipe e a Uninter dá todas as condições para a realizar esse trabalho de atendimento ao aluno com deficiência”, lembra a professora, que teve trabalhos anteriores com inclusão na Secretaria de Estado da Educação.
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Edição: Mauri König
