Entenda melhor o Diabetes Mellitus Tipo 2
Autor: Patrícia Rondon Gallina e Alisson David Silva*O Diabetes Mellitus Tipo 2 é uma doença desenvolvida ao longo da vida como consequência de hábitos inadequados, está associada ao sobrepeso, sedentarismo e histórico familiar. Este tipo de Diabetes é muito comum e atinge cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, mas este número não para de crescer, principalmente, por conta da má alimentação frequente.
Para que possamos evitar esta doença, ainda sem cura, primeiro é necessário entendermos o que ocorre no nosso organismo. Pacientes com a doença, possuem uma deficiência na ação da insulina presente na circulação sanguínea, isso pode ocorrer devido a quantidade insuficiente de insulina produzida, ou ainda pelo mal funcionamento da insulina que foi produzida pelo organismo e os tecidos não serão capazes de reconhece-la impedindo que o açúcar chegue até as células.
As causas ainda não são muito claras, mas estão associadas a fatores genéticos e ambientais, ou seja, o indivíduo que está mais suscetível deve evitar hábitos considerados “diabetogênicos” como por exemplo, o sedentarismo, tabagismo e a ingestão calórica excessiva.
Em relação a alimentação, devemos evitar o consumo excessivo de açúcar e carboidratos, sabendo que o termo açúcar é genérico de carboidratos e diferenciamos somente para melhor entendimento. Primeiramente vamos tratar do açúcar de adição, que seria aquele que adicionamos nas bebidas como café, chás ou sucos, essa prática deve ser evitada ou no mínimo reduzida de início. Mas também temos o açúcar contido nos alimentos, por exemplo, os ultraprocessados que são ricos em açúcares, bolachas recheadas, salgadinhos, refrigerantes, balas e doces. Além desse hábito, temos o consumo exagerado de carboidratos, ou seja, massas, pizzas, pães, bolos, entre outros, que em excesso, fazem mal ao organismo e contribuem para o desenvolvimento do Diabetes tipo 2.
Por outro lado, devemos adicionar na nossa alimentação, o consumo de alimentos in natura, como frutas, grãos integrais, leguminosas, oleaginosas e vegetais, evitar o consumo de gorduras de origem animal e preferir as de fonte vegetal, como azeite de oliva. Nas refeições, diminuir as quantidades das porções e não ficar por muito tempo em jejum. E sempre que possível procure a orientação de um nutricionista para desenvolver uma dieta adequada à sua rotina.
Para controlar a doença, os níveis de glicose no sangue devem ser rastreados com frequência para evitar complicações como insuficiências cardíacas, problemas de visão, danos hepáticos, lesões renais, lesões nervosas e problemas de pé diabético que são difíceis de tratar e podem levar a amputação do membro.
Basta um exame de sangue para indicar alterações na taxa de glicose, indicando que é necessário fazer exames complementares para o diagnóstico da doença, neste caso, é importante buscar orientações com profissionais da saúde que irão auxiliar no diagnóstico e tratamento.
Em 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, a data tem como objetivo fazer um alerta sobre a prevenção e combate a doença que atinge milhares de pessoas. A falta de conhecimento é considerada um dos obstáculos para combater a epidemia, tendo em vista que metade dos portadores de Diabetes não sabe que possuem a doença.
* Patrícia Rondon Gallina é farmacêutica, Alisson David Silva é nutricionista. Ambos são professores da Uninter.
Autor: Patrícia Rondon Gallina e Alisson David Silva*Créditos do Fotógrafo: Igor Ovsyannykov/Pexels