Engenheiro, o profissional que resolve problemas
Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de JornalismoA engenharia é uma área de formação muito valorizada no mercado de trabalho. Em grande medida, isso se deve à versatilidade deste profissional: engana-se quem pensa que engenheiros só atuem na indústria. É possível encontrar formados em engenharia em diversas outras áreas de atividade, como no mercado financeiro, nas áreas comercial e na educação, por exemplo. Mas, afinal de contas, o que faz um engenheiro?
Na última quinta-feira, 28.maio.2020, o polo da Uninter em Porto Alegre (RS) promoveu um encontro virtual, através da sua página no Facebook, para falar sobre a formação deste profissional tão requisitado. Os convidados da noite foram os professores Douglas Agostinho, coordenador do curso de Engenharia de Produção, e Nelson Galvão, coordenador dos cursos de Gestão da Produção Industrial e Mecatrônica Automotiva.
Douglas responde à questão de forma bastante direta: “Um engenheiro resolve problemas”. De acordo com ele, toda empresa precisa de alguém para resolver problemas e o engenheiro é uma das pessoas indicadas, não importa qual seja a especialidade da engenharia. “Mas para que uma pessoa possa resolver problemas, ela precisa ter competência. E ninguém nasce competente, nós podemos formar a competência através do CHA: Conhecimento, Habilidade e Atitude”, explica.
O termo CHA ao qual o professor se refere consiste em uma das siglas mais discutidas no mundo dos negócios. Proposto por Scott B. Parry no livro The quest for competencies, de 1996, envolve o saber, o fazer e o querer, e pode ser aplicado a diversas situações, inclusive na gestão de pessoas e de empresas.
Douglas esclarece como este conceito está relacionado à Uninter e seus alunos. É preciso ter conhecimento para abordar um problema, é necessário conhecer toda sistemática em volta dele. Dentro da Uninter, os professores passam esse conhecimento aos seus alunos através das aulas, indicações de livros e artigos para leitura.
A habilidade é adquirida pelos alunos ao realizar as atividades práticas indicadas pelos professores. “Eu costumo dizer que o engenheiro se faz com as mãos”, afirma Douglas, enfatizando que realizar as atividades práticas é essencial para os alunos que buscam ser bons profissionais.
A atitude, último termo da sigla, é o aspecto mais difícil para ser ensinado. Douglas alerta os alunos: “A atitude está dentro de você. É preciso sair da zona de conforto, se atirar. Com o conhecimento e habilidade, nós podemos ajudar bastante, mas as atitudes, queremos que vocês as tenham!”
Indústria 4.0 e o futuro do setor
Ao longo da história, diversas mudanças aconteceram no mercado industrial e influenciaram toda a sociedade. Hoje em dia, qualquer empresa que esteja interessada em crescer no mercado deve prezar por tecnologia e inovação, características que marcam a indústria 4.0, conhecida como a quarta revolução industrial.
“Este é o termo recente que explica a aplicação das novas tecnologias nos principais processos industriais. Entre as características mais marcantes deste conceito estão automação de tarefas e o controle de dados e informações”, explica a orientadora educacional e mediadora do debate Gicele Santos, anunciando a temática escolhida para a segunda parte do evento.
O professor Nelson Galvão apresentou o cenário da indústria 4.0 e seus impactos no Brasil. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), em seu projeto Indústria 2027, o país possui cerca de 700 mil indústrias, mas apenas 1,6% delas estão próximas de receberem a classificação 4.0, por apresentarem sistemas integrados e processos digitais.
“Observando esses dados, podemos ver que a indústria 4.0 no Brasil é incipiente. Temos 1,6% dessas indústrias mais avançadas, mas uma grande parcela que ainda está em processo arcaico, rudimentar”, afirma Nelson, que ressalta ainda o desafio da Uninter em preparar profissionais para atender os dois extremos do setor industrial.
O professor explica que a atuação de uma indústria com automação pode trazer grande redução de custos: “Se todas as nossas indústrias atuassem com algum tipo de robotização, isso traria uma economia de R$ 73 bilhões ao ano, o que tornaria nossas indústrias tão competitivas quanto a indústria chinesa”, afirma.
Para quem está se perguntando se essa automatização irá diminuir os empregos do setor, Nelson explica que essas mudanças vão se dar em atividades rotineiras, trabalhos que são facilmente substituídos pela máquina. De acordo com ele, para o ser humano ficam as atividades de planejamento, criação de melhorias e inovação. “Habilidade física diminui, porque a máquina faz isso muito melhor do que nós, em contrapartida, a habilidade intelectual será muito mais utilizada daqui pra frente”, declara.
Para concluir, ele destaca outro ponto importante: “Não é possível pensar indústria 4.0 sem pensar em desenvolvimento de qualificação profissional em quantidade e em qualidade. Sem isso não vamos ter como acelerar esse processo de desenvolvimento”. Capital humano, inovação e tecnologia são os três pilares para que a produtividade possa ser ampliada nos próximos anos. A Uninter está preparando seus futuros profissionais para fazer parte dessa história.
Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay e reprodução do YouTube
A Enve.nhatia, abraçamdo a área que for, nós remete a característica que temos desde criança, construir um mundo melhor com justiça e verdade,pois ser criança e engenheiro, não só nos restringindo a a construir um físico corporal,prédios ou que lá estiver que ser,mas desenvolver por si e pelos outros, através de medidas,contas e números a realidade de bem viver,por si e pelos outros