Empreendedorismo: entre erros e acertos, o foco é na capacitação
Autor: Renata Cristina - estagiária jornalismoNa última década, o Brasil passa por crises nos mais variados setores. O desemprego é um desses desafios. Em 2021, por exemplo, o país atingiu o recorde histórico de 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho. Nesse contexto, uma alternativa para muitos trabalhadores é abrir o próprio negócio.
O empreendedorismo virou uma realidade para milhares de brasileiros, porém, sem o conhecimento necessário, isso pode se tornar um problema. Com a pandemia, o país cresceu significativamente no número de micro, pequenas e médias empresas, em paralelo, somente 37% de empresas sobrevivem após cinco anos, segundo o IBGE. A falta de uma boa gestão é uma vilã para empreendedores. O antídoto pode vir por meio da capacitação.
Nesse sentido, o Programa Bom Negócio – Vale do Pinhão oferece capacitação a empreendedores, visando atingir não somente quem já tem seu negócio, como também quem pretende iniciá-lo. A Uninter é uma das parceiras deste projeto, em parceria com a prefeitura de Curitiba. Por meio desta iniciativa, de maneira gratuita, são disponibilizadas aulas com especialistas nas áreas de marketing, hospitalidade, comunicação e novas mídias.
Vivian Ariane é professora e doutoranda em educação e tecnologia, e ministra a aula de E-commerce e Market Place. Para ela, o conhecimento no mundo digital é fundamental, especialmente após a pandemia, que trouxe uma realidade de interação virtual. “O crescimento da vida digital estava em expansão. Aí veio a pandemia e foi um baque para todo mundo, porque nós passamos a interagir digitalmente. Daqui para frente é isso aumentar ainda mais”, declara a professora.
A professora também destaca a importância do conhecimento para mais assertividade no negócio, e a importância do pequeno empreendedor na economia do país. “Quando uma pessoa inicia um negócio, sem base nenhuma, ela vai de tentativas. Nós temos muitos exemplos de tentativas que terminaram em sucesso. Mas, se você pegar os dados e estatísticas, tem muitas mais [exemplos] que fracassaram, justamente por causa da falta de conhecimento específico do assunto. Então, esse tipo de iniciativa é um diferencial não só para os empreendedores, mas também para a cidade, estado e país”, destaca Ariane.
Nesse ponto, professora e alunos participantes estão alinhados. Ana Lídia Parra é responsável pelos setores administrativo e comercial de uma empresa de Tecnologia da Informação. “É um conteúdo resumido, prático e voltado para dar uma visão, passar estratégias, um norte, e permitir o contato com as pessoas. Com vivência e com compartilhamento de ideias. Cada um falando do que pratica na sua empresa. É bem válido. Organizar e planejar melhor aquilo que a gente já faz”, destaca Ana Lídia, para ressaltar os pontos positivos do conhecimento que o programa oferece.
Além disso, o programa também acresce no networking de quem participa. “Eu acho que vai agregar em tudo, porque para quem não tinha nada, qualquer coisa ajuda. Eu nunca fui gestor, nunca administrei empresa então tudo é novidade. Abriu minha visão, o jeito de conversar, conhecer as pessoas”, declara o também aluno do curso, Carlos Yoshitomo Kuwaki.
Autor: Renata Cristina - estagiária jornalismoEdição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Gustavo Henrique Leal