Em pauta, direitos e deveres do pedagogo
Nos séculos 19 e 20, pensava-se que o processo de educação acontecia apenas no ambiente escolar, focando na realização da educação formal, hierarquizada e determinada através de leis e decretos. No entanto, a educação não se dá apenas neste espaço.
Em hospitais, no terceiro setor, nos recursos humanos, na educação corporativa, sindicatos, órgãos judiciários e meios de comunicação, também é necessária a participação do pedagogo para o planejamento, coordenação, execução, acompanhamento e avaliação de projetos pedagógicos. Essas atividades são chamadas de educação não formal.
Em sua formação, os pedagogos são instigados a refletir sobre a sociedade com base em seu contexto histórico-cultural, desenvolvendo ações que facilitam o conhecimento a respeito do Estado, de suas práticas e deveres. O objetivo é gerar questionamentos para a construção de uma sociedade com base na dignidade e humanização das pessoas.
Por isso, é necessário pensar nas atividades desse profissional não só como práticas relacionadas ao aprender, fazer, conviver e conhecer. Eles também refletem ações de planejamento, de organização, direção e controle do ambiente organizacional, tornando as relações mais humanas.
O número de pedagogos trabalhando em espaços de educação não formais tem crescido. Para analisar quais são os direitos e deveres desses profissionais, e quais as suas funções dentro destes locais, a aluna Thiana Maria Becker e as professoras Marcia Regina Mocelin e Sueli Donato, do curso de Pedagogia da Uninter, desenvolveram uma pesquisa intitulada “Pedagogo: seus direitos, deveres e formação”.
O trabalho foi apresentado no 8º Seminário Internacional de Pinhais, no mês de agosto. O evento tem entre seus objetivos proporcionar um espaço privilegiado de discussões sobre as políticas educacionais em suas conexões com amplo panorama das práticas pedagógicas, além de promover o intercâmbio entre pesquisadores, profissionais da educação e áreas afins.
Segundo a professora Sueli Donato, essa é uma oportunidade de enriquecer o conhecimento dos alunos e promover troca de experiências com os pesquisadores e profissionais da educação. “Para nós, professores do grupo de pesquisa, essa é uma oportunidade ímpar devido ao evento constituir um espaço privilegiado de discussões sobre as políticas educacionais em suas conexões com amplo panorama das práticas pedagógicas”, destacou Sueli.
Autor: Caroline Paulino – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König / Revisão textual: Jefferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal