Em constantes viagens, Helano encontrou na EAD o caminho para se tornar engenheiro

O ensino a distância se tornou uma alternativa para muitas pessoas que não têm oportunidade de ingressar em um curso superior na modalidade presencial, seja pela rotina corrida do dia a dia, por não ter acesso a instituições próximas ou mesmo pelo custo financeiro. A cada ano, mais candidatos procuram pela educação a distância (EAD), buscando conciliar a vida acadêmica com a profissional, tendo assim a flexibilidade de horário necessária para estudar.

Helano Xavier, 35 anos, estudante do último ano de Engenharia de Produção da Uninter, no polo de educação a distância de Fortaleza (CE), encontrou na EAD uma maneira de realizar o desejo pessoal de ter o diploma de engenheiro. O aluno, que também é gerente de uma filial da B&Q Energia, distribuidora de energia terceirizada, diz que o curso tem tudo a ver com o trabalho que já faz na empresa e, por isso, optou por esta formação. “Como a teoria aprendida na faculdade tem muito a ver com o meu dia a dia, na prática, me exige menos esforços”, explica.

Segundo o profissional, o trabalho o mantém em constante movimento pelo Brasil e até para fora do país, pois ele é frequentemente transferido para outras filiais da empresa. Mais um motivo que o fez optar pela modalidade a distância, já que todos os estados brasileiros pelos quais passou – Rio Grande do Norte, Maranhão, Fortaleza e Goiás – dispõem de polos de apoio, o que possibilitou a permanência no curso da Uninter.

No ano passado, diante do excelente desempenho no trabalho, Helano foi transferido para a Colômbia, para gerenciar uma unidade da empresa em Bogotá, capital do país, onde morou por sete meses. De lá, manteve idas e vindas para realizar as atividades do curso aqui no Brasil. Mas além da dificuldade da distância, a adaptação em um novo país também foi um obstáculo.

“Levei a família, mas minha esposa e minha filha não se adaptaram muito bem, devido ao frio e à distância da família. Uma outra dificuldade seria concluir a faculdade e outros cursos que estão em andamento. Tirando as dificuldades de cultura e outra língua, foi muito importante para minha área profissional e pessoal. Uma vasta experiência no pouco tempo que fiquei”, lembra.

Com uma oportunidade de trabalho no estado de Goiás, Helano voltou para o Brasil. Atualmente, reside na cidade de Anápolis (GO) com a família e realiza as atividades presenciais no polo de Goiânia (GO), mas decidiu não se desvincular do polo cearense.

“Quando eu estava em outras cidades que não tinham [polos de educação a distância], eu agendava as provas e programava junto com as minhas folgas para ir fazer. Eu mantenho o vínculo com o polo de Fortaleza porque lá tem um atendimento bom, eu tenho um relacionamento, as pessoas sempre me atendem bem. Na época que eu fui para Bogotá eles me ajudaram para poder programar datas de provas. Então, por esse relacionamento, eu mantive lá.”

Além dos cursos de eletrotécnica e mecatrônica que o profissional já possuía antes de seus estudos na Uninter, Helano também é coach integral sistêmico e diz que o curso de engenharia de produção tem grande relação também com essa área de estudo.

“Produção tem muito a ver com hábitos e comportamentos humanos. Nossos resultados estão ligados aos nossos comportamentos e hábitos. Se relacionam na produtividade das equipes, equilíbrio financeiro, redução de custos, gestão de pessoas”, salienta.

Sobre as aulas e conteúdos mediados pelo computador, Helano diz que nunca encontrou nenhuma dificuldade no aprendizado e nas atividades propostas. “Somente benefícios. Talvez pra quem não seja da área, tenha dificuldades, mas o ensino é muito didático e muito aplicável”, explica o estudante, que já tem planos para depois da formação superior. “Pretendo me especializar em segurança no trabalho”, finaliza.

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Autor: Nayara Rosolen - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal Helano Xavier