Egresso da Uninter assume cadeira 316 da Academia Internacional de Literatura Brasileira
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de JornalismoJá dizia Jorge Amado, “eu acho que o escritor verdadeiro é aquele que escreve sobre o que ele viveu”. Assim começa a trajetória de Rafael Caputo na literatura brasileira, descobrindo que a dor emocional sentida por ele na luta contra a depressão poderia ser canalizada para a escrita.
A paixão pela literatura o levou a cursar Letras na Uninter e se lançar como autor – já publicou 6 livros literários, conquistando vários prêmios. “Era tudo o que eu precisava, eu estava me reconstruindo, me reinventando”, comenta o escritor.
Os concursos e premiações literárias na trajetória de Caputo deram a ele visibilidade, e em 2018 resultaram num convite para participar do Elos da língua portuguesa (ELP), projeto cultural apoiado pela Academia Brasileira de Escritores (ABRESC). O foco é reunir vários escritores de diversos países que falam a língua portuguesa, entre eles Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste.
As atividades da graduação e o tempo que dedicava ao romance “Larissa Start”, que ainda estava escrevendo, fizeram com que ele adiasse esse sonho. “Mas eu fui acompanhado o projeto pelas redes sociais, e eles tiveram muito sucesso com lançamentos em vários países. Eu fiquei sentindo aquela dor no coração por não estar participando”, relata.
Em novembro de 2020, ele entrou em contato com a professora e psicopedagoga Samira Camargo, uma das organizadoras do projeto ELP. “Comentei com ela que não pude participar da primeira edição, mas que eu me colocava à disposição para participar das próximas”, conta. Hoje eles mantêm um grupo de escritores no WhatsApp, por meio do qual trabalham na segunda edição do projeto, que vai homenagear o país Guiné Bissau.
“Por intermédio da professora Samira Camargo é que eu conheci a Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB), que tem o objetivo de estimular, divulgar, os escritores brasileiros no exterior”, conta Caputo.
Ele enviou o seu portfólio com os livros publicados, biografia, os links de acesso das suas redes sociais e do seu blog sobre escrita. O conteúdo passou por uma banca avaliadora e, no dia 15.jan.2021, ele recebeu o certificado que lhe garante a cadeira de número 316 na AILB.
“A academia tem a nobre missão de promover a literatura brasileira no Exterior, mas quem acaba fazendo isso de fato são os próprios escritores, que são os membros dessa academia. Esse é um trabalho voluntário, a gente não recebe nenhum tipo de remuneração, nesse cargo honorífico a ideia é divulgar o trabalho dos escritores”, conta.
Caputo ainda deixa uma dica para quem pretende seguir no caminho da literatura. “O que impulsionou minha trajetória foi a participação em diversos concursos literários. Por exemplo, quando fui finalista do prêmio Kindle de literatura, a Amazon pagou a minha passagem aérea e a hospedagem para que eu pudesse participar do evento em São Paulo, onde conheci muitas pessoas bacanas. Dar a cara à tapa nos concursos literários funcionou para adquirir visibilidade”, concluiu.
Qualquer escritor brasileiro pode enviar seu portfólio e pleitear uma cadeira na AILB, através do site Focus Brasil. Embora o cargo seja honorífico, cada membro da academia tem alguns benefícios, como descontos em ingressos para participar dos eventos que reúnem escritores do mundo todo.
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo CNU