Educadores nativos e “de fora” têm percepções diferentes sobre a cidade onde trabalham

É importante que os professores tenham uma noção sobre a realidade vivida pelo aluno para que o conteúdo trabalhado em aula se volte para questões do seu cotidiano. Assim, se torna possível realizar a construção do conhecimento em conjunto com as experiências adquiridas na realidade onde se vive.

É o que aponta a pesquisa realizada pelos alunos Gabriel Martins da Silva e Fagner Tito Ferreira de Deus, dos cursos de Pedagogia e Letras da Uninter, intitulada “A percepção do lugar no processo de ensino e aprendizagem”. O trabalho teve a orientação das professoras Sueli Donato e Márcia Maria Fernandes de Oliveira, do curso de Pedagogia.

O estudo analisou junto aos professores da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba (PR) qual a percepção que eles têm da cidade onde vivem.  Os sujeitos da pesquisa responderam às questões por meio de desenhos em que representaram as escolas e os alunos, parques, pontos de ônibus e aspectos acolhedores da cidade. Poucos educadores representaram problemas sociais.

Na percepção dos autores da pesquisa, foi notável uma diferença entre as respostas dos professores que nasceram em Curitiba e daqueles que vieram morar na capital, provenientes do interior do Paraná ou de outros estados. “De forma geral, a maioria que nasceu na cidade a percebe de forma amorosa, revelando apego pelo ambiente, enquanto os professores que vieram de outras cidades se mostraram mais críticos em suas percepções, apontando para uma cidade com oportunidades, mas também com desigualdades sociais e violência”, apontam eles.

A pesquisa foi apresentada no evento de âmbito internacional promovido pela Secretaria Municipal de Educação de Pinhais e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Ocorrido em agosto, este ano o 8º Seminário Internacional de Educação de Pinhais apresentou como tema “A Inovação e a (Re)Construção da Aprendizagem: em Busca da Superação dos Desafios num Contexto de Mudanças”.