Educação para todos: a escolaridade que faz a diferença no mercado de trabalho  

Autor: *Maria Tereza Xavier Cordeiro 

O Censo da Educação Superior, avaliação feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, apresenta anualmente o resultado de pesquisas e as contextualiza para apresentar indicadores educacionais. Nos resultados da pesquisa de 2023, publicados neste mês de outubro, parte significante (20,4%) da população jovem (de 18 a 24 anos) não concluiu o Ensino Médio. 

A não conclusão do Ensino Médio pode ter impactos significativos no mercado de trabalho. A etapa da Educação Básica é de extrema importância no processo educacional. No Ensino Médio, os estudantes desenvolvem as competências necessárias à preparação da vida profissional, consolidando e contextualizando os conteúdos trabalhados no Ensino Fundamental. Além disso, muitos postos de trabalho têm como pré-requisito a conclusão da Educação Básica com a apresentação do Certificado de Conclusão do Ensino Médio. Para além da barreira da apresentação de um documento formal, a não possibilidade de qualificação em um curso superior, limita as possibilidades de progresso na carreira profissional. 

Na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), países participantes têm a média de 47,4% da população – de 25 a 34 anos – com Ensino Superior, índice que demonstra a ligação entre o ensino superior e o desenvolvimento econômico. O índice do Brasil é de 22%: é o terceiro país do mundo com o maior número de jovens chamados “nem nem”, os que nem estudam e nem trabalham. 

Políticas públicas educacionais são estabelecidas para que o Ensino se adeque aos alunos, para garantir a qualidade educacional, atender às demandas sociais, entre outros. Podemos citar: O Plano Nacional de Educação, estabelecido em 2014 para a década subsequente, previu na meta 12 – elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% da população de 18 a 24 anos; A nova Lei do Ensino Médio, reformulada neste ano (Lei 14.945/2024), que aumenta a carga da formação geral básica, fomenta a matrícula de ensino técnico no ensino médio e a regulamentação dos itinerários formativos; O Programa Pé de Meia (Lei nº 14.818/2024), programa de incentivo financeiro-educacional para estudantes do ensino médio que estimula a frequência nas escolas. 

Sem dúvida, as Políticas Públicas estabelecidas poderão ajudar estudantes a concluir o ensino médio, mas, a passos lentos para a mudança desejada. Toda a professora, como eu, sempre almeja que a educação possa ser para todos. Assim, diante destas dificuldades, alternativas como a Educação de Jovens e Adultos (EJA) na modalidade de Educação a Distância (EaD) são uma oportunidade para as pessoas que não conseguiram concluir o Ensino Médio no tempo regular. Como coordenadora do curso de EJA na Uninter, percebo que a EAD facilita o acesso à educação para aqueles que têm dificuldades em se adaptar a um ambiente presencial, seja por questões de tempo, localização ou trabalho.

Com a flexibilidade de horários, a educação a distância permite que o estudante estude de acordo com sua rotina, tornando possível conciliar os estudos com outras atividades. Estas, como a dedicação e empenho dos estudantes, são soluções viáveis para aqueles que desejam retomar os estudos e, assim, melhorar suas chances no mercado de trabalho, tanto em termos de empregabilidade quanto de possibilidade de avanço na carreira. 

*Maria Tereza Xavier Cordeiro – professora da Uninter

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Autor: *Maria Tereza Xavier Cordeiro 
Créditos do Fotógrafo: Pexels


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