Educação não se avalia só com provas e exames

Com origem na escola moderna, a avaliação tem em sua prática a aplicação de provas e exames, que se sistematizou a partir dos séculos 16 e 17, com a cristalização da sociedade burguesa. É uma parte complementar do processo de aprendizagem. Porém, não é certo se basear somente nessa ação para medir a qualidade do ensino. É um ato que também precisa de responsabilidade e capacidade dos profissionais que estejam envolvidos.

Para debater o assunto, os professores da Segunda Licenciatura em Pedagogia da Uninter Wilson da Silva e Sueli Donato farão nesta terça-feira (31) e quarta-feira (1º) palestras destinadas aos profissionais da rede municipal de ensino de Curitiba, com a temática “Avaliação na Educação”.

Em um primeiro momento, a palestra abordará temas como dimensões da avaliação, sentido e formas da avaliação, critérios e instrumentos, dentre outros, buscando compreender o processo de avaliação da aprendizagem em uma perspectiva transformadora. “A intenção da palestra é desmistificar uma visão de uma avaliação conservadora caminhando para uma visão mais transformadora de avaliação na educação”, conta Sueli.

Exemplificando como podem ser feitas essas renovações no processo de avaliação, será abordado o tema do mapa conceitual, que é uma estrutura gráfica que auxilia no processo de aprendizado e organização de ideias, onde o conteúdo é classificado e hierarquizado de modo a auxiliar o indivíduo que o analisa.

“Eu vou falar sobre o mapa conceitual como uma forma de avaliação, ou seja, o fato do aluno fazer o mapa conceitual revela como se dá a organização conceitual na cabeça desse aluno, ‘será que ele pegou os conceitos mais importantes? ’ ‘ Será que ele estabeleceu relação entre esses conceitos’. Não é uma prova, mas ele pode fornecer elementos para uma avaliação”, explica o professor Wilson.

As palestras serão realizadas em dois horários nos dois dias, às 8h45 e às 14h, no Expo Renault Barigui.