Educação Física adota múltiplas práticas na educação a distância

 

Julio César Pagnan – Estudante de Jornalismo

Cursar Educação Física é para quem está disposto a suar, nas atividades físicas e mentais. Mas aí alguém pode perguntar: “Como isso é possível num curso de educação a distância?” A dúvida estaria relacionada às vivências práticas inerentes à profissão. Desde que lançou o curso de Educação Física na modalidade EAD, no ano passado, o Centro Universitário Internacional Uninter vem pondo essas dúvidas por terra.

Diversos polos de apoio presencial da instituição têm encontrado maneiras diferentes para garantir a formação dos futuros profissionais da área. O polo de Petrópolis, por exemplo, acaba de assinar parceria para disponibilizar a estrutura da Academia Ramos aos alunos de Educação Física EAD. Já o polo CIC, em Curitiba, tem se destacado pela variedade de opções oferecidas aos alunos. O mês de março foi pródigo nisso.

Naquele mês, os alunos participaram de um treinamento gratuito em parceria com a Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ) e a Escola Pública de Trânsito de Curitiba. No curso de “Capacitação de Monitores de Trânsito”, aprenderam como proceder na organização das provas de corridas da prefeitura. Em outra ocasião, ajudaram na fiscalização do trajeto dos corredores da prova “Entre Parques”.

Ainda em março, os alunos participaram do evento da Confederação Brasileira de Futebol como observadores da Seletiva da Seleção Brasileira Feminina para as categorias Sub-15, Sub-17 e Sub-19, no Centro de Treinamento do Coritiba, o CT da Graciosa. A avaliação das atletas foi feita pela auxiliar técnica da Seleção Sub-20, Daniela Alves, e pelo preparador físico da Sub-17, Alecsander Dickinson, sob o olhar atento dos alunos de Educação Física da Uninter.

Tutora no Polo CIC, Marina Toscano Aggio de Pontes diz que a parceria com a SMELJ pode ser ampliada para outros polos da Uninter, já que a entidade cuida de diversos eventos esportivos, além das corridas. Os Jogos da Juventude, por exemplo, terão cerca de 5 mil atletas, mas ainda será necessário a participação de mais de mil voluntários. Tem ainda o Mundialito de Vôlei, a ser realizado em Curitiba, evento internacional em que o aluno poderá vivenciar na prática tudo o que envolve o esporte.

“Acho que esse é um grande diferencial do polo CIC. Não existe um tutor fictício, existe um tutor de carne e osso, que teve vivências, e todos os alunos têm esse suporte tanto na teoria quanto na prática”, diz Marina. “O fato de ele estar vivenciando diversos esportes, eventos, atividades físicas de lazer e cidadania, faz com que enxergue as práticas e a educação física com outros olhos, sem ficar restrito à visão do futebol masculino, por exemplo”.

Segundo a coordenadora e gestora do polo CIC, Karina Gomes Rodrigues, mesmo tendo realizado apenas dois vestibulares para Educação Física, a Uninter já conta com muitos alunos no Brasil, 30 deles só nesse polo. “Essa parte prática é de extrema importância. Começamos pelo atletismo e pelo futebol feminino, mas estamos de olho no calendário esportivo de Curitiba e região metropolitana para que possamos participar ao máximo possível de eventos para contribuir com a formação dos alunos”, diz.

Alunos aprovam atividades

“Desde que comecei esse curso, já estava disposto a participar de todo evento possível devido aos meus horários, e até agora participei de uns bem interessantes. O curso de capacitação para monitores de eventos e a seletiva de futebol feminino, ambos conseguidos pela professora Marina, foram muito bons. Espero que venham mais eventos que acrescentem na minha formação”, diz o aluno Bruno Vieira Maciel Gerônimo.

“Achei interessante a gente já ir se preparando e se acostumando com o ambiente em que vamos trabalhar no futuro. Entender como funciona todo um evento, como é a preparação para que tudo saia nos conformes”, aponta a aluna Jamylle Alves Morais. “Aprendi muito, a iniciativa da professora com a prática é muito importante para a minha formação”, completa Danielle Pagnan. “Nunca tinha ido ao uma seletiva de futebol e simplesmente me apaixonei”, sintetiza Luara Cristina Grein.

Edição: Mauri König

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