Educação ambiental não é só plantar árvore
Talita Santos – Estagiária de Jornalismo
A necessidade de refletir sobre a forma como tratamos o meio ambiente é uma discussão antiga. Isso é ainda mais preocupante quando afeta a formação dos profissionais. Segundo o professor e gestor do curso de Gestão Ambiental da Uninter, Rodrigo de Cássio da Silva, existe um defeito na formação do professor e isso vem desde o ensino básico. “Não se trata de reciclar, plantar uma árvore ou fazer uma horta na escola. A educação ambiental não é só isso, é formar o aluno para ser uma pessoa crítica. Olhar, refletir e dialogar sobre o assunto”, diz.
Com isso, Rodrigo apresentou dois trabalhos durante o XVI EPEA (Encontro Paranaense de Educação Ambiental): “A Reflexão Sobre o Perfil do Aluno de Gestão Ambiental de Educação a Distância na Promoção da Sustentabilidade Socioambiental na Prática” e também “A Percepção de Docentes Sobre a Educação Ambiental nas Práticas Pedagógicas Cotidianas”. Além dele, mais dois professores da Uninter, Sangerson Santos e Eliane do Rocio Vieira, ministraram a oficina “A Fotografia Documental como Ferramenta da Educação Ambiental”.
O EPEA, é um evento que discute e aponta vários aspectos como a formação de professores, a questão de legislação nacional e regional em relação à educação ambiental, entre outros aspectos relacionados a esta área. A ação foi coordenada pela Universidade Federal do Paraná em colaboração com outras instituições e redes de educadores ambientais.
“O mais surpreendente foi a quantidade de pessoas de fora do Paraná que participaram deste evento, pois a princípio ele era um evento regional. Estiveram presentes pessoas de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul. Todas as oficinas e apresentações estavam lotadas, indicando o interesse nessa temática, que é importante para quem trabalha na área ambiental”, diz Rodrigo.
O evento ocorreu na reitoria da UFPR e também no campus Garcez da Uninter entre os dias 17 e 19 de maio. Entre as atividades realizadas estavam oficinas, minicursos, mesas de debates, apresentações de trabalho, atividades de integração e reunião de editores de revistas científicas.
“Acho extremamente importante atividades como esta, pois temos vivido uma crise de percepção do caos ambiental, e esse tipo de ação faz com que a gente não esqueça e debata o que está acontecendo. Assim, temos outras ideias e opiniões que vão agregar mais ainda à discussão, tem que ouvir o outro e são nesses eventos que a gente amplia nossa percepção, essa troca é importante. As vezes a gente esquece que a vida é coletividade, e essas ações nos incentivam a estudar e trabalhar mais, acho que isso que é bacana”.
Edição: Mauri König
