EaD: educação ativa por competências 

Autor: *Virgínia Bastos Carneiro 

Com as possibilidades informacionais e tecnológicas mais recentes, a realidade pedagógica do ensino a distância busca constantemente atualização na maneira de praticar o ensino e aprendizagem, facilitando materiais didáticos provocativos ao raciocínio e à análise de situações práticas. Com as alternativas pedagógicas ativas, como a aprendizagem baseada em problemas, estudos de caso ou sala de aula invertida, incentiva-se o estudo independente na forma de construção de conhecimento mais significativo (Ribeiro, 2010). Nesta perspectiva ativa, agregar o ensino por competências tem a finalidade de desenvolver nos estudantes habilidades específicas para que sejam aprendizes ao longo de toda vida. 

Já desde os anos 60, o termo competências está no cenário educacional. Entretanto, sua efetiva incorporação ao ensino se deu a partir do fim do século XX. Afinal, ensinar por competências, o que se entende exatamente por isso?  

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta o termo competências como uma concentração de conhecimentos e saberes, de habilidades práticas e comportamentais, todos compreendidos como valores basilares para resolver demandas complexas da vida cotidiana e do mundo do trabalho. Englobam uma dimensão de conhecimentos e atitudes que permitem ao estudante atuar de maneira eficaz em contextos diversos. O psicólogo americano David McClelland (1973) conceitua competência como “a capacidade de desenvolver efetivamente um trabalho, usando conhecimentos, habilidades e domínio específico, bem como atributos que facilitam a resolução de situações e problemas contingentes”. Interessante notar que, mesmo sendo da área de motivação e empreendedorismo, este autor traz um conceito que caminha tanto no mundo da economia, ou mesmo no da administração (com a economia do conhecimento), como no cenário da educação.  

Assim sendo, a educação ativa baseada em competências funciona como um elemento provocador à sinergia discente, ou seja, à colaboração e à cooperação de tarefas em dinâmicas de grupos, quando então, há oportunidades para discussões e reflexão de temas, elaboração de novos conhecimentos, reconhecimento de habilidades e potenciais individuais.  

Em última análise, trata-se de uma perspectiva do EaD, no mínimo desafiadora, porém determinante: a de desenvolver competências e habilidades por meio da educação ativa, e formar um estudante-cidadão responsável, capaz de decisões autônomas, percepções sociais e articulações de atitudes necessárias para o imprevisível, diverso e complexo mundo do trabalho.  

 

*Virgínia Bastos Carneiro é Pedagoga e mestre em Educação. Análise e revisora de textos no Centro Universitário Internacional Uninter.  

Incorporar HTML não disponível.
Autor: *Virgínia Bastos Carneiro 


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *