Do material ao imaterial, patrimônios são a história de um povo

Autor: Luiz Garcel Jr. - Estagiário de Jornalismo

O Dia Nacional do Patrimônio é comemorado em 17 de agosto. A data foi instituída pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em reconhecimento ao ex-diretor Rodrigo Melo Franco de Andrade, nascido no mesmo dia. Ao término de sua gestão em 1967, a instituição estava consolidada e reconhecida internacionalmente pelo êxito de suas ações voltadas à preservação do patrimônio histórico.

O patrimônio de um país é a riqueza de seu povo. Essa composição se dá de forma concreta por prédios históricos, monumentos, sítios arqueológicos, construções etc. A Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, elaborada na Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), define esses exemplos como patrimônios materiais, fazendo parte ainda os patrimônios naturais por formações físicas, biológicas, geológicas e fisiográficas.

São muitos os patrimônios materiais quando falamos do Brasil e de toda sua diversidade cultural e regional. Jardim Botânico de Curitiba, Centro Histórico de Ouro Preto, Parati, Petrópolis, Olinda, Pelourinho, Cataratas do Iguaçu, Marco das três Fronteiras e o Museu de História Natural do Rio de Janeiro são alguns dos nomes que vêm à mente quando pensamos no tema. Além desses patrimônios físicos, é importante destacar os patrimônios imateriais, tão fundamentais quanto esses.

Conhecimento, cultura, dança e folclore e até lendas são considerados patrimônio imaterial e constituem a cultura da sociedade. Só no Brasil podemos destacar a leitura de cordel do Nordeste, carimbó, capoeira, fandango, os centros de tradições gaúchas (CTGs) e outros.

O contato com essas culturas é fundamental para reconhecer o valor desses patrimônios. Viajar é a melhor opção para um novo contato, sem dúvida, mas não o único. Até mesmo nos locais em que moramos há muito a ser descoberto. De pontos turísticos à gastronomia local, todo local é repleto de patrimônios culturais, até mesmo que remetem a outros países.

Tutor de pós-graduação em Educação da Uninter, Marcos Velasque lembra que Curitiba possui várias praças que homenageiam nacionalidades e países. São os casos da praça do Japão, da Espanha, da Ucrânia, bosque do Papa, de Portugal, Alemão, entre outros. Cada pedaço de lugar conta um pouco da história de cada região homenageada.

 

Preservação de patrimônios históricos

Um patrimônio histórico é reconhecido como tal por meio de reinvindicações do poder público. Com o objetivo de preservar bens de valor histórico, ambiental e afetivo, essas aplicações visam proteger a destruição ou descaracterização de patrimônios. Este ato é chamado de tombamento histórico, realizado exclusivamente pela União, por meio do IPHAN.

Mesmo assim, há casos em que a conservação e o cuidado não impedem a destruição de patrimônios. O incêndio de 2018 no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, causou uma perda irreparável em que a maior parte dos 20 milhões de itens foi destruída. No acervo, estava o mais antigo fóssil humano já encontrado no país, a Luzia; a coleção egípcia que começou a ser adquirida ainda por Dom Pedro I; a coleção de arte e artefatos greco-romanos da Imperatriz Teresa Cristina; e coleções de paleontologia que incluíam o fóssil de um dinossauro proveniente de Minas Gerais.

 

O programa Diversos da Pós, da Rádio Uninter, relembrou alguns dos principais patrimônios brasileiros. Os tutores de pós-graduação da Uninter Marcos Velasque e Paula Cristine Oliveira Braz apresentaram a edição, que pode ser conferida neste link.

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Autor: Luiz Garcel Jr. - Estagiário de Jornalismo
Edição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Vanessa Barcia/iStock e reprodução YouTube


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