Dívidas? Como se livrar delas

Autor: Diego Alesson Alves - Estagiário de Jornalismo

O pagamento do 13° salário em 2021 deve injetar 232,6 bilhões de reais na economia brasileira, segundo estimativa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Mas, ao contrário do que muita gente pode pensar, esse recurso estará “sobrando” no orçamento de poucas famílias brasileiras.

Muitas delas devem usar o 13° para pagar dívidas. Segundo a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), 12 milhões de famílias brasileiras estão endividadas. Esse é o maior volume de endividamento dentro dos 11 anos de análise do órgão. O grande desafio para esses brasileiros é sair dessa situação, colocar as contas em dia e voltar a ter crédito.

Ana Carolina Fernandes Alves é economista e mestre em economia pelo programa de pós-graduação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e desenvolve pesquisas com ênfase em educação financeira, em finanças comportamentais e bem-estar financeiro. Para ela, educação financeira não significa não gastar, ou se privar de comprar, mas saber controlar os gastos de acordo com a necessidade e disposição de recursos.

A educação financeira tem por propósito auxiliar os consumidores na administração dos seus rendimentos, nas suas decisões de poupança e investimento, no seu consumo consciente e na prevenção a situações de fraude. “Muitas pessoas não querem saber de educação financeira porque pensam: vai me proibir de gastar dinheiro! E não é isso, a educação financeira é um processo em que a gente aprende novos conhecimentos e técnicas”, declara.

A economista ensina que é preciso gastar o dinheiro pensando não apenas no momento, mas lembrando que os recursos financeiros precisam suprir as necessidades do futuro também. E que o ensinamento de controle financeiro deve ser dado desde pequeno, para que a criança entenda que o dinheiro não é infinito.

Ana lembra que as dívidas podem trazer desconfortos em outras áreas, gerando conflitos familiares e problemas de saúde. Por isso é necessário criar uma cultura de poupar para alcançar metas e sonhos. Entre os bons hábitos que devemos cultivar, é necessário saber poupar e viver com o valor que sobra, e não viver esperando sobrar dinheiro para poupar.

Outra atitude que leva os consumidores ao desequilíbrio financeiro é saciar o prazer imediato de gastar por vontade de ter, cedendo ao apelo emocional do marketing. Ana dá algumas dicas para evitar essa armadilha: não comprar por impulso, esperar passar o momento de emoção para comprar e, antes de efetuar uma compra, consultar o orçamento para saber se tem crédito sobrando.

A educação financeira foi o tema da edição de 29 de novembro do programa Talento em Foco, conduzido por Erika Lotz e transmitido pela Rádio Uninter, que recebeu Ana Carolina Fernandes Alves como convidada especial. Clique aqui para acompanhar a transmissão na íntegra.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Diego Alesson Alves - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Marcello Casal/Agência Brasil


Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *