Dia Mundial do Rim destaca prevenção de doenças renais crônicas

A principal função do rim é filtrar o sangue, eliminando todas as impurezas resultantes do metabolismo corporal. Se ele não estiver bem, todos os órgãos serão comprometidos.  O Dia Mundial do Rim, comemorado toda segunda quinta-feira do mês de março,  foi criado em 2006 pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) para desenvolver ações para conscientizar as pessoas da importância desse órgão tão nobre. Esse foi o tema do programa “Saúde em Foco” no dia 5 de março com a presença da professora Elaine Graça, Tutora do curso de Tecnologia em Auditoria em Saúde.

A doença renal crônica está associada a duas doenças de alta incidência na população brasileira: hipertensão arterial e diabetes. Em alguns casos, as condições são hereditárias, então se houver histórico familiar os cuidados devem ser redobrados, como manter os exames em dia e aferir a pressão regularmente.

Outros cuidados importantes incluem fazer atividades físicas regularmente, ingerir menos sal (no máximo de 5 a 6 gramas por dia) e ter atenção com o uso de medicamentos sem prescrição médica. Além disso, beber bastante água, manter alimentação saudável, sem uso de alimentos ultraprocessados, evitar consumo de bebidas alcoólicas em excesso, não fumar e manter um peso adequado.

Também é importante ficar atento aos sintomas de alerta: hipertensão arterial, diabetes melitos, inchaço nas pernas e no rosto, cólica renal, infecção urinária (quando diagnosticada), fraqueza ou palidez.

Segundo a professora Elaine Graça, tutora do curso de Tecnologia em Auditoria em Saúde, as doenças renais também surgem como reflexos da pandemia de covid-19, pois durante o isolamento, além de não se exercitarem, as pessoas passaram a consumir com mais frequência comidas prontas, entregues na porta de casa. “Hoje nós temos pacientes hipertensos mais jovens por conta da pandemia” diz a professora. Ela fez uma pesquisa em Curitiba, coletando informações nas clínicas renais e concluiu: 75% a 80% dos hipertensos desencadeiam doença renal crônica. “Nós temos que chamar a atenção da população para o diagnóstico e tratamento precoce, essa é a melhor forma de se prevenir”.

Quando o paciente é diagnosticado com insuficiência renal, é preciso fazer hemodiálise através de uma máquina que filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. As sessões normalmente são realizadas em clínicas três vezes por semana, com duração de 3 a 4 horas. Existe também a Dialise peritonial (DP) que pode ser feita em casa durante o sono ou em viagens.

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Autor: Luiz Garcel - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Reprodução Youtube