Dia do Repórter é todo dia, mas hoje é um pouco mais
Comemora-se nesta sexta-feira (16) o Dia Nacional do Repórter. Em meio a tantas profissões, essa é a escolhida pelos inquietos, aqueles que não se contentam com o já posto ou já contado. Coletar, analisar e traduzir informações para a população é tarefa diária dos repórteres. Desde o primeiro jornal impresso no Brasil há mais de 200 anos até os dias de hoje, a importância do profissional é a mesma, e a essência de reportar da melhor forma possível permanece como prioridade.
Atendendo às diversas editorias como, política, educação e cultura, o repórter está sempre atendo ao que acontece no mundo. De todo modo, um dos fundamentos da profissão é a imparcialidade, ou seja, a interpretação unilateral dos fatos. De baixo de chuva ou de sol, a atividade ultrapassa fronteiras e alcança os excluídos. Dá voz aos que por algum motivo não tem, e mostra ao mundo realidades pouco visitadas. A profissão que também tem seus riscos, exige foco e coragem.
No ensaio “Jornalismo e Literatura”, de 1955, o escritor e crítico literário Antonio Olinto diz que o repórter é muito mais do que um simples contador de histórias. “O que distingue o repórter é seu íntimo contato com a realidade, com o que está diante dos olhos, com o que concorre no momento de pousar do conhecimento sobre as coisas. Sua missão, função ou profissão é transmitir essa realidade a um grupo de pessoas, dando-lhes conta do que viu, do que ouviu, do que sentiu”, asseverou o escritor mineiro.
Já a doutora em comunicação social Thaïs de Mendonça Jorge afirma no livro “Manual do Foca: guia de sobrevivência para jornalistas” que o repórter é também responsável por revolucionar consciências. “Menor unidade da carreira hierárquica do jornalismo, o repórter se afirma na rotina investigativa, quando mostra que é guiado pela curiosidade, pelo desafio de descobrir, de conhecer e pela vontade de abrir os olhos das pessoas. Tem que acreditar na informação que muda, que transforma, que revoluciona consciências. E isso começa desde quando é estudante, quando ainda é foca”, diz ela.
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Autor: Letícia Costa – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Arquivo UN