Dia do Químico é marcado por imersão dos estudantes em práticas presenciais

Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação Acadêmica

Os estudantes do bacharelado em Química da Uninter comemoraram o Dia do Químico imersos nas práticas da graduação. Na manhã do dia 18 de junho, data que celebra a atuação dos profissionais da área, 18 acadêmicos de seis estados diferentes do Brasil se reuniram no Laboratório Presencial de Apoio Didático (LAPAD) em Curitiba (PR) com os professores Marco Aurélio Filho e Letícia Pedrosa.

Durante a semana imersiva, que esta turma realiza entre os dias 17 e 21 e junho de 2024, 56 experimentos são praticados, de acordo com 19 disciplinas do curso, todos exigidos pelo Conselho Federal de Química (CFQ) para que possam se formar com as devidas atribuições do órgão. Ao final, os estudantes realizam provas objetiva e discursiva para atestar os conhecimentos adquiridos.

Além de ser o curso pioneiro da modalidade de educação à distância (EAD) a conquistar as 13 atribuições do CFQ, a professora Letícia salienta que é o único do país a ofertar a semana de práticas presenciais, quando conseguem aplicar a teoria em laboratórios físicos, equipados com todos os instrumentos que necessitam. Além de estudantes do Paraná, esta oportunidade contou com alunos que viajaram de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Letícia explica que este é o momento em que os alunos realmente conseguem executar os processos, até então vistos apenas na teoria. Para saber manusear as vidrarias, realizar os experimentos, identificar possíveis problemas no laboratório. Isso permite a formação de profissionais capacitados, que já têm uma experiência dentro de laboratório e de como agir no mercado de trabalho.

“É bem interessante. Os alunos estão tendo uma troca muito grande com os professores, mas também entre eles. Então, o networking deles está ampliando bastante. É uma oficina bem interativa, na qual realmente colocam a mão na massa para realizar os experimentos que são vistos ao longo do curso. É o momento que eles realmente aliam a teoria à prática, de muita aprendizagem”, garante a docente.

Ruy Vasco, 55 anos, é vinculado ao polo de apoio presencial (PAP) da Uninter em Caxias do Sul (RS). A primeira vez que ingressou em um curso superior na área, foi em 1990, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A entrada no mercado de trabalho logo cedo o fez ter que decidir entre o estudo e o emprego, já que os horários não permitiam conciliar as duas atividades. Naquele momento, Ruy escolheu o trabalho, mas realizou outras formações nesse meio tempo, como a graduação em Administração e uma pós-graduação em Engenharia de Petróleo.

Mais de três décadas depois, ele retorna para a graduação do bacharelado em Química para formalizar os conhecimentos que adquiriu na prática.  Atualmente, o formando, que conclui a graduação este mês, ocupa o cargo de diretor comercial em uma empresa de produtos anticorrosivos da Tectyl, a Al’Kim Químicos.

“Estou achando fantástico [a semana de práticas imersivas]. A gente aqui consegue ver realmente a prática de tudo o que estudou. Dentro da empresa, o que eu vou fazer é tentar ajudar um pouco mais no desenvolvimento [de produtos], que é algo que eu já faço por experiência, com essa empresa desde o ano 2000”, declara Ruy.

Suzane Muiniki, 34 anos, é interessada pela Química desde muito nova e estudou muito da área na graduação que fez fora do país. Descendente de poloneses, a estudante conseguiu uma bolsa de estudos para Engenharia de Alimentos na Polônia, em 2007, e chegou a fazer um intercâmbio para Portugal nesse meio tempo. Voltou para o Brasil em 2013 e trabalhou em uma indústria de alimentos por dez anos.

Hoje, como empresária, Suzane atua com resíduos de construção civil. A família administra a Locação de Caçambas Muiniki, em Campo Largo, e, junto com a graduação de Química, Suzane busca fazer o reaproveitamento dos materiais.  “Hoje existem as usinas de reciclagem, mas a aceitação é muito fraca”, explica a estudante.

A semana de imersão nas práticas, para Suzane, é uma das coisas que o curso tem de mais valiosas. “Está sendo bem proveitosa. Estamos interagindo bem em grupo, todos estão no mesmo ritmo. A aula presencial é bem diferente, estamos dedicando todo esse tempo para os estudos. Estamos aprendendo na raça. Apesar de todas as aulas gravadas, todo o material didático que a Uninter oferece, complementa muito mais com o laboratório também”, afirma.

A acadêmica ainda tem uma trajetória de dois anos até a conclusão do curso, mas já planeja abrir um laboratório para entender mais do próprio negócio com os materiais recicláveis, que recebe de toda a cidade onde mora, para poder reaproveitar e não apenas descartar em aterro. Mas não só isso. Suzane também tem o desejo de lecionar, por isso busca um caminho formativo que permita a atuação.

No final de maio, a semana imersiva aconteceu no LAPAD em Brasília (DF) e contou com um momento especial de interação dos estudantes com autoridades da Uninter.

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Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação Acadêmica
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Natália Schultz Jucoski


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