Dia da Mulher Administradora celebra ascensão feminina na área

Autor: Luiz Garcel - estagiário de jornalismo

É cada vez mais comum que as mulheres conquistem espaços que até bem pouco tempo eram destinados apenas aos homens. Na área da Administração não é diferente. A participação feminina no setor motivou a criação do Dia da Valorização da Mulher Profissional de Administração, celebrado no dia 23 de agosto. A data comemorativa foi publicada no Diário Oficial da União em 14 de dezembro de 2023.

“Esta data é uma grande conquista e oportunidade para destacar a grande importância dessas líderes excepcionais, pois as mulheres administradoras não apenas lideram com competência e estratégia, mas também inspiram e empoderam suas equipes”, avalia Lidiane Ferrão, formada em Administração pela Uninter e recentemente registrada como Administradora pelo Conselho Regional de Administração do Rio Grande do Sul (CRA/RS).

Segundo o  Conselho Federal de Administração (CFA),  o número de profissionais registrados no Brasil, considerando homens e mulheres, em 2023 ultrapassa 900 mil, sendo que 8,2% não são registrados no CFA, como mostra o gráfico abaixo.

Já a participação feminina na profissão de administradora cresceu de 21%, em 1994, para 35%, em 2011, tendo estabilizado em 34%, a partir de então. Os dados são da pesquisa realizada por representantes dos Conselhos Federal e Regional de Administração, da qual foram colhidas informações para a elaboração de um artigo para a Revista Brasileira de Pesquisas de Marketing, Opinião e Mídia (PMKT on-line). O estudo retrata o perfil e as condições das Administradoras no Brasil.

(Fonte: Instituto Semesp / Base INEP)

Outro dado que indica o crescimento feminino na área está relacionado à educação. De acordo com o mapa do ensino superior no Brasil 2024, realizado pelo Instituto Semesp, representado pelo gráfico (figura 2), houve um crescimento de 7,4% nas matrículas de alunas em IES da rede privada entre 2021 e 2022. No mesmo período, na rede pública esse aumento foi de apenas 0,6%. O aumento das matrículas entre homens na rede privada no mesmo período foi de 5,5% (queda de 0,9% nas IES públicas). Em relação à distribuição das matrículas entre homens e mulheres, há uma estabilidade ao longo dos anos, com a participação feminina sempre superando a masculina.

 

Embora a luta por igualdade de gênero venha conquistando direitos nos últimos anos, uma projeção feita pelo Fórum Econômico Mundial em 2018 mostra que serão necessários mais de dois séculos para haver igualdade de gênero no mercado de trabalho. Em outros segmentos, como educação, saúde e na política, as desigualdades entre homens e mulheres precisarão de 108 anos para terminarem.

“Que continuemos a apoiar e incentivar a ascensão de mais mulheres ao papel de administradoras, garantindo que suas vozes e habilidades sejam sempre valorizadas e celebradas”, reforça Lidiane.

Há ainda que se considerar outras identidades de gênero que são invisibilizadas, pois  o Censo da Educação Superior segue dividindo os estudantes entre homens e mulheres, ignorando outras identidades como transgêneros, agêneros, não-binários e outras.

 

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Autor: Luiz Garcel - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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