Detetive Brisco está de olho em você. É melhor aliar-se a ele
É bastante comum encontrarmos filmes e jogos de investigação que envolvam a profissão de detetive. Dentre as várias profissões que existem no mercado de trabalho, é fato que essa, em específico, ainda desperta bastante curiosidade nas pessoas, mesmo naquelas que não pensam em seguir carreira na área.
Apesar de todo o folclore em torno da profissão, é preciso saber que o detetive particular desenvolve um trabalho de grande importância no que diz respeito à solução de problemas, sejam eles pessoais, empresariais ou familiares.
Por essa razão, é essencial que os futuros profissionais da área tenham conhecimento das técnicas de investigação, ferramenta importante para o desenvolvimento desse trabalho. Portanto, nada melhor que aprender de forma prática e descontraída sobre o assunto.
Foi pensando nesse desafio que o professor Antoine Youssef Kamel, da Uninter, idealizou uma série que narra o trabalho do detetive particular Franke Brisco. Com o formato de animação, a narrativa de ficção foi pensada para servir como uma ferramenta de ensino.
A criatividade de Kamel também se transformou em um artigo científico, Detetive Brisco: Série Educativa de Investigação Profissional, que foi apresentado no 24º Congresso Internacional ABED de Educação a Distância, em Florianópolis (SC), entre os dias 3 e 7 de outubro. A apresentação do trabalho, que teve participação da diretora da Escola de Gestão Pública, Jurídica, Política e Segurança da Uninter, Débora Veneral, ficou a cargo da professora Talita Juliana Sabião.
“Além de não terem cunho educacional, os filmes e séries que eventualmente abordam a realidade em suas temáticas de investigação não refletem a atuação de investigadores privados, mais conhecidos como detetives particulares”, explica Kamel a respeito de sua motivação para criar uma série educativa.
Além disso, o trabalho cita que os filmes e séries de ficção apresentam uma visão bastante limitada do verdadeiro universo de atuação profissional de um detetive. “Por isso o Detetive Brisco é um projeto inovador, sendo – até onde se sabe – o único projeto que aplica a narrativa ficcional (em áudio e animação) para a educação de detetives, isto é, investigadores privados”, complementa.
O objetivo de seu trabalho foi demonstrar como a teoria e a prática são aplicadas, tanto no campo da construção de recursos educacionais, da comunicação e a da tecnologia, quanto no desenvolvimento da série investigativa.
Outros professores do curso também colaboraram: Álvaro Martins Fernandes Junior representou o personagem do cliente e também contribuiu na elaboração da animação; já Lucas Massimo Tonial ficou responsável pela narração da abertura e do final (elementos pré e pós-série).
O processo de produção
Pensando em instigar ainda mais a curiosidade e capacitar os futuros e atuais detetives, a série nasceu com um roteiro escrito pelo professor Antoine. Em seguida, alguns colegas da instituição (citados acima) foram contatados para que o projeto pudesse sair do papel. Eles contribuíram com a edição do áudio e com as vozes dos personagens.
“O professor Antoine teve todo um cuidado e reservou uma sala na Unidade Treze de Maio, onde ele selecionou algumas pessoas para serem personagens da série. Três capítulos foram encenados, e dentro de cada um deles tinha um personagem que foi desvendando uma história. Muito interessante e inovador”, explica Talita, que também deu voz à uma personagem.
Além disso, após partirem da ideia de um conteúdo exclusivamente em áudio, os participantes começaram a pensar em outras formas de formatação para a narrativa. Então, antes da divulgação do primeiro episódio, Antoine teve a ideia de criar um conteúdo ainda mais elaborado, e surgiram as animações. Porém, para aqueles que preferem, é possível conhecer as histórias do Detetive Brisco apenas pelo áudio.
“Não se espera que a série narrativa venha a substituir os recursos utilizados como pilares no curso ofertado na modalidade a distância […] A série é um recurso educacional adicional, com o qual esperamos agregar valor à formação dos alunos da graduação de Investigação Profissional na modalidade EAD”, cita o trabalho.
Curso de investigação profissional
Após o reconhecimento da profissão pelo governo federal na Lei de número 13.432 (2017), a Uninter foi a primeira instituição a lançar o curso de Investigação Profissional (Detetive Particular) no país.
Com duração de 2 anos, o curso é atualmente ofertado somente na modalidade a distância, e o aluno, além de se desenvolver como profissional, também recebe um kit que contém aparelhos de gravação de áudio e vídeo. A grade curricular se organiza nas áreas de Investigação e Inteligência e Polícia Científica.
Veja aqui um dos episódios do Detetive Brisco:
Autor: Valéria Alves – Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal
Fiquei realmente surpreso com a existência desse curso de formação superior para a área de investigação particular. Gostaria muito de poder me inscrever e me dedicar durante dois anos, mas a realidade é impeditiva no momento. Mas está no meu radar. Parabenizo a Uninter por essa iniciativa acreditando que eleva a profissão para patamares de alta qualidade técnica e humana.
Ficamos felizes com o seu interesse, Marcus. Esperamos vê-lo em breve na nossa instituição. Será muito bem-vindo!