De pouco adianta conhecimento técnico sem competência emocional

Autor: Julia Siqueira - Estagiária de Jornalismo

“Se você não tiver um diploma de ensino superior, as chances de entrar no mercado de trabalho são mínimas”. Quem já não ouviu esse conselho? É fato. Um diploma de graduação é um grande diferencial para quem quer conseguir um bom emprego em qualquer área, ou mesmo para iniciar um empreendimento próprio. Mas será que só os conhecimentos técnicos e teóricos da graduação são o suficiente para se construir uma boa carreira?

Em sua dissertação no Mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter, Luisa Dalla Costa (na foto, com os pais) defende a ideia de que esses conhecimentos não são o bastante. “A gente parte do princípio de que as pessoas são formadas, na faculdade, para atuar no mercado de trabalho de maneira muito técnica e que, de uma forma geral, elas chegam muito bem preparadas para isso. Mas o que normalmente é um desafio nas organizações são as questões comportamentais. Oitenta por cento das demissões acontecem por questões comportamentais”, justifica.

Luisa Costa é psicóloga e gestora de recursos humanos, atuante na área de desenvolvimento humano organizacional há 10 anos, em paralelo com o atendimento clínico na área cognitiva comportamental. Foi a partir de suas experiências no mercado que ela chegou à problematização de sua dissertação.

Para apoiar sua ideia, Luisa Costa conta que desenvolveu, em conjunto com sua orientadora, a professora Marilene Garcia, um estudo de caso dentro de uma instituição particular de ensino superior de Curitiba (PR), com foco nos alunos do curso de bacharelado em Administração.

“O meu estudo [de caso] pretende demonstrar que a base dessas competências comportamentais é a inteligência emocional. E, a partir do momento em que a gente desenvolve competências emocionais, que é a prática da inteligência emocional, desenvolve essas pessoas, esses alunos, e eles vão chegar mais preparados para o mercado de trabalho”, explica ela.

Com os resultados de sua análise, Luisa Costa partiu então para desenvolver um produto, um dos requisitos do programa de mestrado. Ela elaborou uma proposta de inserção do conteúdo de competências comportamentais dentro da grade do curso de Administração.

“Por meio da análise do plano político-pedagógico do curso, percebi que as questões emocionais não eram trabalhadas em nenhum momento da graduação. Nada no documento aponta isso como sendo algo relevante ou algo a ser trabalho. Então, a primeira parte do meu produto foi redigir, alterar o PPC [Plano Pedagógico de Curso]. Fiz algumas alterações de texto que o deixassem mais moderno e mais alinhado com essas questões da competência emocional”, conta.

A segunda parte foi criar uma disciplina exclusiva para ensinar como desenvolver as competências emocionais voltadas para o mercado de trabalho. Além da ementa, apresentando os assuntos técnicos da matéria, Luisa incluiu em sua dissertação os níveis de regulamentação reflexiva que o estudante deve atingir ao longo da disciplina. Ou seja, as etapas de desenvolvimento comportamental que se espera desenvolver com o conteúdo proposto.

A psicóloga defendeu sua dissertação no dia 19.02.2020, no Campus Tiradentes da Uninter, em Curitiba (PR). A banca contou com a presença de sua orientadora, professora-doutora Marilene Garcia, do professor-doutor João Augusto Neto e da professora-doutora Daniele Cristine Nickel, convidada da Universidade Federal do Paraná. Familiares e amigos também estiveram presentes e comemoram a aprovação da mestranda.

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Autor: Julia Siqueira - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Julia Siqueira - Estagiária de Jornalismo


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