De grão em grão, engenheiros agrônomos colaboram para um país no topo da produção agrícola
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaO Brasil é conhecido por sua agricultura rica e diversa. Prova disso é que é o maior produtor de soja, café, açúcar e suco de laranja do mundo. Também é o maior exportador destes produtos, além das carnes bovina e de frango, como aponta a COGO Inteligência em Agronegócio. A Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) mostra ainda que o país é o terceiro maior produtor de frutas, setor que fez girar cerca de 1,07 bilhão de dólares em 2021.
Para fazer tudo isso acontecer, é necessária a mão de obra de muitos profissionais que se especializam e se dedicam para acompanhar a evolução de um trabalho cada vez mais moderno. É o caso dos responsáveis pela área de Engenharia Agronômica, que celebram todo dia 12 de outubro o Dia Nacional do Engenheiro Agrônomo. A data é marcada desde 1933, quando a ocupação foi regulamentada pelo Decreto nº 23.196, que estabeleceu diretrizes da profissão e regras de conteúdo para a graduação.
O engenheiro agrônomo precisa ter conhecimento sobre as mais diversas áreas: além das exatas, para a elaboração de projetos; as biológicas, com conhecimentos voltados para a vida das plantas e animais; as humanas, a partir das funções sociais de assistência técnica e extensão que contribui para dinamizar economias locais e aumentar produção, renda do produtor e segurança alimentar da população; e o caráter de gestão para administração de propriedades rurais e empresas voltadas para o setor.
Outros campos em que os profissionais podem atuar é como produtor rural e na área acadêmica e de pesquisa, em colégios agrícolas e nas universidades. É o que fazem o professor e engenheiro agrônomo André Corradini, coordenador dos cursos de bacharelado em Engenharia Agronômica, Tecnologia em Administração Rural e Tecnologia em Agricultura, e a professora e engenheira agrônoma Maria de Fatima Medeiros, coordenadora dos cursos de Tecnologia em Agronomia e Tecnologia em Paisagismo e Jardinagem da Uninter.
“A profissão é bem abrangente, pois forma um profissional completo e com um olhar extensionista, ou seja, que se preocupa com as questões sociais do meio rural, do homem e do campo. É um curso que o futuro profissional acaba tendo uma visão multidisciplinar”, afirma Maria de Fatima.
De acordo com Corradini, o maior desafio da área hoje é manter-se atualizado. “É preciso estar em constante estudo, pois a área do agronegócio é muito dinâmica, com pesquisas e desenvolvimento de tecnologia fortemente presente no setor”, explica.
EAD amplia acesso à formação
“O agronegócio alcançou uma importância na economia nacional (23% do PIB vem do agronegócio) que possibilita a abertura de um mercado de trabalho gigantesco. Existe mercado de trabalho para o engenheiro agrônomo praticamente em todos os setores do agronegócio”, garante o profissional.
A ampla possibilidade de atuações e o mercado em contínuo crescimento fazem com que a procura pelo ensino superior seja cada vez maior. Com menos de um ano de lançamento, o curso de Engenharia Agronômica já alcançou dois mil alunos, quase metade dos matriculados nos cinco cursos da nova área de Ciências Agrárias da Escola Superior Politécnica (ESP) da Uninter, que soma mais de quatro mil estudantes.
A oferta da educação a distância (EAD) também amplia o acesso ao diploma, já que, com mais de 700 polos de apoio presencial, a Uninter chega a todos os cantos do Brasil e também no exterior, com unidades nos Estados Unidos da América, Europa e Ásia.
“Possibilitou o acesso ao curso superior por uma grande parcela da população, que não tinha este acesso, seja por falta de tempo, oportunidades locais e até mesmo do custo para se manter em um curso superior”, salienta Corradini.
Agronomia é coisa de mulher
Para as mulheres, os desafios da formação superior na área aumentam devido à necessidade de conciliar a vida profissional com a familiar. Segundo Maria de Fatima, “muitas acabam se dedicando à profissão e abrindo mão de uma família”.
Ainda que a mulher esteja presente no campo desde sempre, trabalhando de forma braçal, principalmente na colheita dos produtos, a profissão de engenharia agronômica foi, durante muito tempo, considerada masculina. Um levantamento realizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) em 2020, aponta 109 mil engenheiros agrônomos formados, sendo 88.594 homens e 20.348 mulheres.
Apesar da diferença, a coordenadora conta que essa realidade está mudando e as mulheres estão conquistando espaços, o que é possível notar com o aumento da presença feminina nos cursos ligados às ciências agrárias. Segundo a professora, isso representa “uma vontade de estar inseridas no mercado de trabalho”.
“Temos que agradecer às mulheres pioneiras que não se importaram com a discriminação que sofriam. Foi graças a elas que as mulheres se engajaram e hoje estão em todas as áreas da agronomia. E o melhor, despontando no mercado. Hoje a trajetória das mulheres no meio profissional melhorou muito, temos mulheres sendo expoentes em diversas áreas da agronomia. São pesquisadoras, professoras, ocupando cargos em grandes empresas, extensão e assistência técnica”, ressalta.
Maria de Fatima pontua ainda que a EAD é um dos motivos pela mudança do cenário, que proporcionou o acesso ao ensino superior para “mulheres que estão engajadas em lutar pelos seus sonhos”. E complementa: “O mercado de trabalho vai ter mais profissionais com capacidade, formação e competência para atuar nas mais diversas áreas das ciências agrárias”.
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaEdição: Larissa Drabeski
tenho muito orgulho em falar que faço parte do time Uninter, sou aluno do curso Engenharia Agronomia, era um sonho fazer esse curso, mais nunca tive condições antes, hoje consigo fazer esse curso EAD, esse modulo me ajudou muito, pois consigo me policiar minhas horas de estudo, sou Gestor Ambiental, tenho 3 especializações na área ambiental, e hoje estou muito feliz em estar finalizando esse ano, fazendo parte dessa historia da Uninter.
O desempenho da mulher e importante para o desenvolvimento de qual seja o setor que trabalha. Nada vai para frente se não teve o torque das mulheres.
Muito bom