Dá tempo de mudar para a Terra não virar só terra
O planeta Terra possui uma superfície com mais de 500 milhões de quilômetros quadrados. Mais de 70% dessa extensão é coberta pelos oceanos. Não é à toa que esse gigante também é conhecido como “planeta azul”. Mesmo com tanta água, apenas 2% dela é potável.
O Brasil detém as maiores reservas de água doce do mundo, cerca de 12% do total. Apesar disso, nem todos os cidadãos brasileiros têm acesso a esse bem tão precioso. Não é raro ver nos noticiários reportagens sobre as secas no Nordeste, a falta de chuvas ou os racionamentos de água em grandes regiões metropolitanas, como a de São Paulo.
Tudo isso se enquadra em uma pauta recorrente, presente na vida de milhões de brasileiros: a crise hídrica. O assunto também entrou em discussão no ENFOC 2018, em Curitiba, com o trabalho “O princípio do Comunitarismo na Gestão da Crise Hídrica”, dos mestrandos Guisela Kraetz e Moacir Gomes, e do professor Mário Sergio Alencastro, do Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias da Uninter.
Moacir Gomes fala sobre a importância do tema, diante do excessivo consumo de produtos e da consequente geração de resíduos que afetam o meio ambiente. “O planeta Terra não tem mais como suportar esse nível de consumismo”, afirma.
“A água é um outro bem que estamos consumindo acima da capacidade que o nosso planeta ‘gera’ e, mesmo assim, grande parte da população não tem acesso à essa água”, elucida. Ele também ressalta a importância de mudanças no modelo de gestão hídrica, e fala sobre o princípio do comunitarismo nesse sentido.
“Para os comunitaristas, a comunidade precisa ser respeitada e protegida e, para tanto, é necessário prestar atenção às práticas e valores compartilhados dentro de cada sociedade. Isso implica num amplo diálogo com a sociedade no sentido da busca das melhores alternativas”, explica.
Sobre o ENFOC, Moacir ressalta que é importante o compartilhamento de ideias, tanto com o próprio grupo de pesquisa, quanto com os demais participantes do evento. “O ENFOC tem importância relevante para a pesquisa no Brasil, estimulando alunos, professores e pesquisadores a investir na educação”, completa.
Autor: Jaqueline Deina - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay