Curso de Gerontologia Uninter firma parceria com Museu da Vida
Autor: Evandro Tosin – JornalistaDe acordo com dados da Pesquisa Nacional por amostra por Domicílios (PNAD), em 2022, as pessoas acima de 60 anos ou mais compõem 15,1% da população brasileira, ou seja, 33 milhões de pessoas. Em 2020, a ONU declarou a “Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030” como estratégia para alcançar e apoiar ações de construção de uma sociedade para todas as idades.
O plano da Década do Envelhecimento Saudável nas Américas tem o papel significativo na Agenda 2030, estabelecendo um “apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade”, distribuídos em 17 Objetivos Globais de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas para favorecer a inclusão social, o desenvolvimento sustentável e a governança democrática. O ODS 11, Cidades e Comunidades Sustentáveis, procura tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis até 2030.
Pensando nesta prática e vivência positiva entre crianças, jovens, adultos e idosos, os cursos de tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso e bacharelado em Gerontologia da Uninter, sob a coordenação de Maria Caroline Waldrigues, realizaram uma parceria com o Museu da Vida e a Pastoral da Criança para o desenvolvimento de um projeto acadêmico intitulado como “Circuito comunidade: encontros intergeracionais”. O projeto tem objetivo de fortalecer as relações intergeracionais no ambiente familiar e na comunidade, proporcionando uma sociedade inclusiva e amigável à pessoa idosa. Também estão envolvidos professores da Escola Superior de Saúde Única (ESSU) da Uninter.
A troca de conhecimentos entre as gerações é denominada intergeracionalidade. É a relação entre avós, pais, filhos, adultos e netos. Para uma convivência em harmonia é importante a reciprocidade entre os membros da família. Valores que perpassam o respeito mútuo pelos costumes e o modo de enxergar a vida, longe de rótulos e preconceitos. Também é necessário combater o etarismo, estereótipo contra pessoas mais velhas, independentemente da idade.
“A proposta deste projeto é convidar as pessoas idosas que pertencem às famílias que frequentam o Museu da Vida para um tempo de cuidado, informações e conhecimentos sobre a saúde e a área social com diversos profissionais da área da saúde, social e do direito, como uma forma de fortalecer este vínculo entre as gerações neste espaço que vivemos e ocupamos”, afirma Maria Caroline.
“No Brasil, a intergeracionalidade é um direito previsto em várias legislações, como, por exemplo, a Constituição Federal, que garante o direito à convivência familiar e comunitária para todas as pessoas, independentemente da idade, bem como, o Estatuto da Pessoa Idosa, que prevê o direito à convivência familiar e comunitária, e o direito à valorização da memória e à educação para o envelhecimento”, explica a coordenadora.
No dia 16 de dezembro, o Museu da Vida irá completar nove anos. O pontapé inicial do projeto também ocorre nesta data com participação presencial de Maria Caroline. Durante o ano de 2024, serão realizadas 11 palestras com professores da ESSU no auditório do Museu, com um encontro por mês e atividade prática com os participantes. O projeto acadêmico também contará com participação de acadêmicos voluntários e com direto ao recebimento de certificado.
O evento ainda terá as seguintes atrações gratuitas elaboradas pelo Museu: bolha de sabão, torta na cara, espaço baby, pula-pula e tobogã. Se possível, fazer doação de material de oficina na entrada (EVA – acetato de vinila, cola, glitter, TNT, bexigas entre outros).
Sobre o Museu da Vida
O Museu da Vida foi idealizado pela Pastoral da Criança, seguindo os passos de sua fundadora, a médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns Neumann, que combateu a desnutrição infantil no Brasil e em mais de 20 países. O local conta com exposições internas, o Memorial Zilda Arns e área de lazer. A estrutura é considerada um espaço cultural e interativo, sendo um espaço de lazer e de divulgação do conhecimento.
O Museu fica localizado na Rua Jacarezinho, nº 1.691, no bairro Mercês, em Curitiba.
Autor: Evandro Tosin – JornalistaEdição: Arthur Salles – Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Divulgação