OUTUBRO ROSA

Crianças também padecem de câncer de mama, aponta reportagem

Autor: Ariadne Körber - Estagiária de Jornalismo

As atenções ao longo do Outubro Rosa geralmente são voltadas para as mulheres adultas. Mas a prevalência de câncer de mama é mais comum do que se imagina também em crianças. É o que revelaram as estudantes de Jornalismo Larissa Turco e Poliana Almeida durante o Projeto Laboratorial (PL) da Unidade Temática de Aprendizagem (UTA) Inovações Jornalísticas.

Visando preparar os alunos para o mercado de trabalho, cada módulo do curso conta com um PL, que, neste caso, envolve a produção de uma reportagem baseada em dados. Durante as atividade, Larissa e Poliana decidiram fazer uma abordagem diferente para um tema comum. Elas pesquisaram sobre a incidência de câncer de mama em crianças e publicaram uma reportagem a respeito.

 

O jornalismo de dados baseia-se, geralmente, em informações disponibilizadas em portais de transparência ou em bancos de dados abertos ao público, como o DataSUS. Neste banco é possível encontrar informações sobre diversas doenças, vacinações, óbitos, saneamento etc.

A escolha de Larissa e Poliana causou surpresa nos professores, já que se trata de uma situação pouco conhecida. Segundo o levantamento feito por elas para o PL, entre 2014 e 2019 houve, no Brasil, 4.926 casos da doença em crianças de até 9 anos de idade.

Segundo Larissa, a ideia era falar sobre câncer de mama desde o princípio, mas elas acabaram optando pela especificidade dos casos infantis por haver menos material jornalístico publicado a respeito. “Quando juntamos tudo e percebemos que o número de casos em crianças era muito maior do que esperávamos, ficamos bastante surpresas”, destacou Larissa.

Poliana comenta que uma das dificuldades foi filtrar e processar os dados obtidos no DataSUS, já que faziam esse tipo de trabalho pela primeira vez. Agora, a estudante pensa em transformar sua matéria em uma grande reportagem.

Outro ponto destacado pelas estudantes foi a dificuldade de encontrar um especialista na área. “Todo oncologista consegue falar sobre o tema, mas especialistas infantis acabam sendo difíceis de encontrar”, pontua Larissa.

Outros grupos

Homens também podem ter câncer de mama, apesar da incidência de mortes nesse grupo ser de apenas 1,21%, em comparação ao número de óbitos entre as mulheres  (Instituto Nacional do Câncer). Além deles, pessoas transsexuais também precisam ficar atentas: quem passou por cirurgia de mastectomia corre risco maior que outros homens de ter câncer de mama.

Vale ressaltar que o autoexame não previne a doença, mas pode ajudar a detectá-la em seu estágio inicial, quando a chance de cura é maior. Não deixe de fazer seus exames.

Você pode ler a matéria produzida pelas alunas neste link.

 

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Autor: Ariadne Körber - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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