Contar histórias para quebrar o isolamento da pandemia
Autor: Bárbara Carvalho - jornalistaA quarentena imposta pela pandemia do coronavírus mudou a forma de estudar de milhares de crianças no mundo todo. Muitos pais tiverem que se adaptar para manter a rotina de aprendizagem em casa, mas se engana quem pensa que os professores estão distantes dos alunos nesse momento de isolamento social.
As redes sociais estão entre as ferramentas utilizadas para manter o contato entre mestres e alunos. É dessa forma que Camilla de Souza Pinto, de 38 anos, se torna presente no cotidiano dos pequenos e de suas famílias. Aluna do curso de Educação Especial da Uninter, no polo de São João (Rio de Janeiro), ela está no 4° período e conta que escolheu esta especialização devido à atividade que já exercia anteriormente.
“Escolhi o curso porque já atuo como professora de educação infantil aqui na rede municipal. Faltava uma graduação no meu currículo e como já havia feito alguns cursos sobre inclusão, resolvi investir no curso, pois é a área que amo”.
Devido à paixão que tem pela educação, Camilla descobriu uma maneira divertida de manter contato com seus alunos nesta época de quarentena: contar histórias e publicar os vídeos nas redes sociais do seu local de trabalho, Creche Municipal Gelio Alves Faria (RJ). “A creche tem o Facebook e recentemente fizemos um Instagram para postar nossas atividades para que os responsáveis possam acompanhar o trabalho que realizamos com os alunos”, explica.
O projeto se chama “Uma história por dia”, e foi uma solicitação da orientadora pedagógica da creche, a fim de manter o incentivo à leitura. O primeiro livro escolhido por Camilla para desenvolver essa atividade foi “A Pulga da Daninha”, de Pedro Mourão. Demais professores também contam e publicam suas histórias na internet, mantendo dessa forma a presença, o afeto e a aprendizagem no dia a dia das crianças.
“Os responsáveis estão encantados com a postura da escola neste momento tão complicado para todos. Elogiam, agradecem e isso é extremamente motivador. Eu não esperava tanto carinho e repercussão aqui na nossa comunidade escolar”, relata.
Ainda de acordo com Camilla, o intuito dos vídeos não é acostumar os alunos com o cenário virtual, mas sim incentivar a leitura fora do ambiente escolar. “Quero incentivar a formação de leitores, estimular nas crianças a imaginação e a criatividade através a leitura. Lembrando que nada substitui o professor em sala de aula, mas a parceria com a família tem ajudado muito nesse processo”, conclui.
Ficou curioso e quer ver um vídeo da nossa contadora de histórias? Clique aqui.
Autor: Bárbara Carvalho - jornalistaEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal Camilla de Souza Pinto
Boas