Condições sociais podem influenciar a incidência de doenças crônicas
Autor: Evandro Tosin - Assistente multimídiaA Maratona de Sustentabilidade movimentou os professores da Uninter ao longo de 12 horas nesta sexta-feira, 05.jun.2020. Pela manhã, os professores da Escola de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades Ivana Maria Saes Busato e Cristiano Caveião participaram da live na página da maratona no Facebook para tratar do tema “Determinantes Sociais e Riscos para a Saúde: Doenças Crônicas Não Transmissíveis”.
De acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), publicada em 2018 pelo Ministério da Saúde, a obesidade atingiu o maior índice entre os brasileiros, um aumento foi de 67,8% entre 2006 e 2018. Mas essa não é a única doença crônica com índices elevados no país, hipertensão e diabetes também estão nesse quadro.
Cristiano Caveião, coordenador do curso de Auditoria em Saúde da Uninter explicou durante a transmissão ao vivo o que é um determinante social. “Fatores que envolvem a área social, econômica, cultural, étnico-racial, psicológico e comportamental do indivíduo. Consequentemente, influenciando em todos os nossos problemas de saúde, um dos grandes fatores de risco na nossa população em adoecimento”, afirma.
A diabetes está entre as doenças crônicas que atingem a população brasileira. São 13 milhões de pessoas com a patologia, ao todo 6,9% da população, segundo informações Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
A hipertensão, conhecida como “pressão alta” afeta 24,7% da população, de acordo com o Ministério da Saúde. O levantamento afirma que os idosos com mais 65 estão entre os mais afetados. Pessoas com menor escolaridade são os mais atingidos. Ainda, de acordo com o levantamento a população com oito anos de estudo ou menos, representando 42,5% dos entrevistados, disseram que convivem com a doença.
As doenças cardiovasculares, relacionadas ao coração e de circulação, são o principal motivo de mortes de brasileiros, representando mil vítimas por dia, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Para evitar o desenvolvimento de hipertensão, é necessário a redução do consumo de sódio (sal). A SBC recomenda 150 minutos de atividade física por semana.
A presença de doenças crônicas pode acarretar complicações em pacientes acometidos por doenças infectocontagiosas, como é caso do novo coronavírus. Por isso, a importância de monitoramento de doenças crônicas não transmissíveis. A atenção primária de saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos principais fatores de enfrentamento.
“É preciso o controle contínuo dessas doenças, além de atividades de promoção da saúde. É importante termos o monitoramento seja com a Pesquisa Nacional de Saúde ou o Vigitel, no qual são avaliadas as doenças crônicas não transmissíveis”, explica Ivana, coordenadora do curso de Gestão Hospitalar e Gestão de Saúde Pública.
A rotina de um indivíduo não pode ser alterada apenas por prescrição do profissional de saúde, é preciso adaptar com a rotina da pessoa com as condições socioeconômicas, e conhecer a realidade social. Assim como, identificar as condições de vida que são únicas, daquela comunidade, família ou indivíduo. Com isso, reduzir os índices de doenças crônicas que provocam mortes prematuras na população.
Autor: Evandro Tosin - Assistente multimídiaEdição: Mauri König
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