Como se adaptar ao trabalho no mundo 4.0

Autor: Milena Souza - Estagiária de Jornalismo

O mundo já passa pela sua quarta revolução industrial, que podemos também chamar de mundo 4.0. Os meios de produção estão sendo profundamente alterados através do uso da tecnologia, exigindo que os profissionais se capacitem e se adaptem a essas transformações num curto espaço de tempo.

Esse foi o assunto da palestra Vivemos uma revolução tecnológica ou cultural? O trabalho em um mundo 4.0, promovida pela Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter, no dia 02.jun.2021. A live foi transmitida pelo canal da Escola no YouTube e mediada pela professora Vanessa Estela Rolon.  A convidada para o bate-papo foi a professora Márcia Valéria Paixão, que é pós-doutora em antropologia cultural.

Márcia começou falando sobre as mudanças tecnológicas no decorrer da história e como elas alteraram nossos hábitos. Há não muito tempo, as pessoas se reuniam na frente da televisão ou em volta do rádio, e hoje estamos todos com nossos celulares na mão, tendo uma interação social mais fria. “Sempre tivemos o papel da família e esse papel está sendo alterado, nossos comportamentos e valores estão se transformando”, comenta.

Entre as transformações causadas pela revolução tecnológica do mundo 4.0, Márcia destaca como as mídias se fazem mais presentes em nossas vidas e seu uso interfere no nosso dia a dia. Nas redes sociais as pessoas criam uma identidade que muitas vezes se distancia do que são na vida real. “Esse cenário nos coloca em vulnerabilidade, porque as pessoas buscam preencher o vazio das suas vidas através da internet e isso isola as pessoas, fazendo com que elas fiquem nos seus mundos virtuais”, ressalta.

Estudos mostram que hoje os robôs podem executar cerca de 50% dos trabalhos atribuídos aos humanos. Estima-se que cerca de 800 milhões de pessoas perderão seus empregos até 2030. A professora  afirma que por esse motivo um terço dos trabalhadores precisará se reinventar.

Se por um lado as pessoas e empresas querem produzir mais, por outro existem pessoas que não estão mais encontrando seu papel nesse mundo. O futuro profissional será aquele que conseguir se readaptar às mudanças. No Brasil, ainda estamos na fase inicial da revolução tecnológica, e temos problemas mais básicos a enfrentar. “Existem problemas de governo por falta de políticas públicas, questões de infraestrutura, e nas escolas não estão formando pessoas preparadas para lidar com as transformações digitais”, comenta.

Por isso, além de readaptar os profissionais para o novo mercado de trabalho, é preciso educar e formar os jovens que vão ingressar nele: “As máquinas vão ocupar o lugar das tarefas repetitivas e operacionais. As pessoas estão perdendo esses empregos rotineiros e seriam realocadas para outras vagas se estivessem adequada às mudanças”, afirma Márcia.

Por fim, a palestrante deu algumas dicas de como ser um bom profissional 4.0. Ela diz que é preciso estar em constante capacitação e disposto a se readaptar: “Com a terceirização de empregos, contratos mais curtos e carreiras múltiplas, não podemos parar de estudar.” O profissional do mundo 4.0 precisa ser tecnologicamente competente, capaz de desenvolver novos comportamentos sem perder sua identidade.

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Autor: Milena Souza - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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