Como reagir a uma parada cardiorrespiratória
Autor: Leonardo Túlio Rodrigues - Estagiário de Jornalismo
As paradas cardiorrespiratórias são uma preocupação de boa parte da população brasileira. Segundo levantamento feito pela CNN, 80 mil brasileiros foram vítimas fatais de doenças cardiovasculares inespecíficas em 2021, o que inclui a parada cardiorrespiratória como uma das principais causas. O distúrbio ocorre quando o coração não consegue cumprir sua função de bombear o sangue para os tecidos corporais e os órgãos vitais.
A professora e enfermeira da Escola Superior de Saúde Única da Uninter Denise Gomide Batista exalta a importância da prevenção e do conhecimento quanto aos procedimentos necessários para salvar uma vida caso isso aconteça fora do ambiente hospitalar. Denise é mestre em Ciências pelo Programa Enfermagem Fundamental e integra o Grupo de Ensino e Pesquisa em Urgência e Emergência e Cuidados Críticos (GEPUECC). Segundo ela, uma parada cardiorrespiratória pode ser gerada por diversas causas. As principais correspondem a afogamentos, infarto agudo do miocárdio, hemorragia, choque elétrico, infecção grave, acidentes vasculares e arritmia cardíaca.
“O paciente que é hipertenso, diabético, com colesterol alto, que é sedentário ou fumante de longa data tem fatores diretamente relacionados a uma parada cardiorrespiratória”, afirma.
Com isso, alguns cuidados que estão diretamente ligados à saúde do nosso coração são importantes, como alimentação regrada, prática de exercícios físicos, menos exposição a fatores estressantes e o acompanhamento médico regular.
Para identificar uma parada cardiorrespiratória, é necessário conhecer os principais sintomas do evento, que incluem dor no peito, falta de ar, suor frio, sensação de palpitação, tonturas, desmaios e vista turva ou embaçada. Além desses sintomas, a ausência de pulso ou a falta de respiração indicam que o coração parou de bater. Em casos de parada cardiorrespiratória, é necessário chamar imediatamente o atendimento médico e prestar os primeiros socorros.
“Menos de 10% das pessoas que sofrem uma parada chegam com vida ao hospital, e isso está atrelado ao não conhecimento sobre a PCR”, explica Denise, ressaltando a importância do primeiro atendimento.
Caso a vítima esteja inconsciente, suas roupas devem ser desatadas e sua cabeça deverá ser erguida para liberar a passagem de ar. Cerca de 100 a 120 compressões torácicas deverão ser realizadas por minuto de forma ritmada até a chegada de um paramédico. “Não importa o momento e o local, o mais importante é você saber como reconhecer e intervir nesse tipo de atendimento”, diz.
A professora é uma das coordenadoras do Blog da Ressuscitação Cardiopulmonar, plataforma que visa ao atendimento da vítima em situação de parada cardiorrespiratória, no aprendizado e na capacitação tanto de estudantes e profissionais da área da saúde quanto do público leigo. As informações podem ser conferidas neste link.
Denise Gomide foi a convidada do programa Sua Saúde, exibido pela Rádio Uninter em 24 de maio de 2022. Com apresentação de Arthur Salles, o programa pode ser conferido na íntegra no canal do YouTube da Rádio Uninter.
Autor: Leonardo Túlio Rodrigues - Estagiário de JornalismoEdição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
Créditos do Fotógrafo: Pexels e reprodução YouTube
