FÍSICA

Arduíno aliado ao pêndulo de Galilei ajuda nas aulas

Ao entrar na sala 53 do campus Divina da Uninter na manhã do último dia 19, ouvia-se uma conversa leve e descontraída. Álvaro Crovador, aluno do Mestrado em Educação e Novas Tecnologias, havia chegado cedo para a defesa da dissertação “O uso do arduíno em sala de aula no experimento do pêndulo simples de Galileu Galilei”, que aconteceria às 10 horas. Professor de física no ensino superior, o mestrando se mostrava bastante confiante para o desafio que se aproximava.

A banca era formada pelo orientador, o professor Luciano Frontino de Medeiros, o ilustre decano da Uninter, professor Alvino Moser, e também pelo professor Álvaro Emilio Leite, convidado da UTFPR. Eles ouviram atentamente a explanação de Álvaro sobre o desenvolvimento de experiências em sala de aula com alunos de ensino médio e superior.

O pêndulo de Galileu tem como objetivo medir a ação da gravidade quando se libera uma massa na ponta de um fio preso a um pivô. Observa-se então que o deslocamento do objeto, lançado de diferentes posições do protótipo, tem o mesmo tempo de duração das oscilações curtas ou longas no movimento de ida e volta.

O foco principal do trabalho de Crovador era combater a falta de interesse dos alunos pelo estudo de física, investigando como os professores poderiam, com experiências simples e práticas como a do pêndulo de Galileu Galilei, aumentar o interesse dos alunos em seus estudos diários.

“A gente tenta criar alternativas para que o aluno se atente à aula e possa aprender um pouco mais”, explica Crovador. Segundo o professor, a praticidade e o baixo custo para a produção de um protótipo são os grandes atrativos do projeto, que pode atingir várias faixas etárias: “É um trabalho fácil de montar, pode ser utilizado por professores de ensino fundamental, médio e superior”, diz o mestrando.

Ele ainda ressalta que em sua pesquisa sentiu a falta do pensamento computacional como forma de organizar logicamente as ideias dos alunos para a solução de problemas do dia a dia. Segundo Álvaro, esse tipo de pensamento deveria ser trabalhado desde o ensino fundamental, para que quando a pessoa chegasse à fase adulta e precisasse deste método, ele já estivesse desenvolvido.

Após as considerações finais da banca avaliadora, Álvaro teve sua defesa de dissertação aprovada com louvor, e em seguida foi cumprimentado por todos os colegas e membros da banca.

Sobre o futuro de sua pesquisa, o novo mestre em Educação e Novas Tecnologias pela Uninter diz que pretende continuar fazendo outros protótipos e reutilizando o hardware do primeiro para produzir uma nova gama de experimentos, que serão realizados em sala com seus alunos.

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Autor: Caio Brenner - estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Caio Brenner - estagiário de Jornalismo

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