Como fazer uma boa live

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de Jornalismo

Com a chegada da pandemia, em março de 2020, todos se viram obrigados a mudar suas rotinas e o modo como gerenciavam suas atividades. Durante esse período, o uso das mídias sociais teve um crescimento de cerca de 40%, o que permitiu que grandes empresas e pequenos empreendedores continuassem ativos no mercado, além de manter o sentimento de conexão entre as pessoas e enfrentar as dificuldades impostas pela Covid-19.

No decorrer do período de isolamento, um recurso que já tinha relativa fama entre os jovens se popularizou de maneira muito rápida, alcançando pessoas de todas as idades e lugares do mundo: as famosas lives. Termo do inglês que significa “transmissão ao vivo”, ela permite que qualquer um possa realizar uma transmissão ao vivo em plataformas e redes sociais, e assim atingir o público em geral. Em 2020, sua frequência de utilização foi recorde.

Shows, musicais, apresentações de teatro, marketing empresarial, conteúdos de entretenimento, entre diversos outros tipos de iniciativas usufruíram das transmissões ao vivo para manter suas atividades durante o período. As lives de música sertaneja, por exemplo, ganharam notoriedade no Brasil durante a pandemia, sendo assistidas por milhões de pessoas. Mas, afinal, este fenômeno veio para ficar? Pelo que parece, sim. E isso abrange as mais diversas áreas de nossa vida.

Esse foi o assunto do curso de extensão Em Movimento, oferecido no último dia 20 de outubro. Com a presença de Ana Zattar, Marcos Ruiz e Alysson Siqueira, professores da Escola Superior de Educação da Uninter, o programa, transmitido pelo YouTube, promoveu o debate sobre o tema, além de relembrar algumas das antigas lives feitas pelos professores da instituição e dar dicas sobre como fazer boas transmissões.

A evolução das lives

O Skype foi a primeira plataforma digital a permitir a realização de transmissões ao vivo, em 2003. De lá para cá, com a evolução cada vez maior das tecnologias de comunicação, redes como Facebook, Instagram e YouTube também passaram a utilizar esse recurso, que rapidamente se popularizou entre os mais jovens. Esse cenário gerou novas profissões, entra elas os influencers, youtubers e gamers.

Ao longo dos anos, as transmissões ao vivo também foram incorporadas por universidades para a realização de eventos e palestras. O próprio conceito de educação a distância (EAD) faz uso dessa lógica, como ocorre na Uninter. Nesse caso, a transmissões deixaram de ser feitas de maneira amadora, por celulares, e começaram a ganhar traços profissionais, com conteúdo produzido em estúdios e o uso de câmeras de vídeo e equipamentos de áudio de qualidade.

A evolução nos modos de transmitir acontecimentos e conhecimentos requer adaptação, tanto na mentalidade das pessoas como na estrutura para o uso dos recursos. “De repente, a sala da nossa casa virou nosso estúdio, a gente começou a montar cenários, tentando vedar ruídos, barulho do cachorro, do carro de gás”, diz Ana Zattar, que é especialista em gestão e liderança escolar.

Marketing digital

Durante os últimos anos, o celular foi o aparelho mais utilizado para a transmissão de conteúdos ao vivo. O avanço tecnológico e a praticidade desse aparelho permitem uma ótima captação de imagem, que serve de ferramenta para influenciadores e empreendedores no marketing digital.

O comércio online utiliza as redes de maneira ativa e com muita qualidade para a divulgação de mercadorias e serviços, buscando novos negócios, bons relacionamentos e o desenvolvimento de marcas. Muitos desse empreendedores divulgam seus negócios através de lives com a participação dos compradores em potencial.

Já os influencers fazem uso de equipamentos de luz e som, além da composição de cenários, o que torna a empreitada extremamente profissional, atraindo o público para os assuntos abordados. Atualmente, eles são a principal força na tentativa das empresas de se conectarem com o público, sendo contratados para fazer propagandas e campanhas publicitárias.

Como enriquecer uma live?

O digital está se naturalizando e o trabalho das pessoas vai ganhando mais qualidade. Mas a qualidade vai muito além de uma câmera ou um microfone (embora esses equipamentos sejam essenciais). Alysson e Ana dão dicas importantes que podem ajudar a melhorar a qualidade das lives. A iluminação é um aspecto de extrema importância quando falamos em gravações, tanto no cinema como na televisão, ou em plataformas digitais.

Produtos como o ring light, um acessório em forma de círculo que melhora a iluminação de fotos e vídeos, e as famosas luzes inteligentes, que são lâmpadas que contam com rede Wi-Fi e proporcionam mudanças na cor e na temperatura da luz, são bastante utilizados atualmente.

Não menos importante, a habilidade de usar a retórica e a oratória com seu público pode ser o diferencial para um grande criador de conteúdo nas mídias. A preocupação com esse padrão de qualidade mostra que o recurso das lives veio para ficar e ajudar pessoas de diferentes lugares do mundo a se conectarem e promoverem seus projetos de maneira eficaz.

Você pode conferir o programa completo clicando neste link.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues – Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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