Como encontrar o seu espaço nos negócios da era digital

Autor: Daniela Mascarenhos - Estagiária de Jornalismo

Business people shaking hands for greeting

A pandemia nos colocou ainda mais à mercê da tecnologia, o que nos força a refletir sobre como a dependência tecnológica afeta diversos setores da vida social. Prova disso são os prejuízos causado a muitos negócios por causa da queda global das redes sociais no dia 4 de outubro deste ano.

“Como sociedade, precisamos ter em mente que apesar de o digital ser uma realidade, é necessário refletir sobre a importância que damos a ele”, diz o empreendedor digital e especialista em marketing Diniz Fiori. Ele não está sozinho nesse alerta.

Para Rafael de Tarso, professor de liderança, transformação digital e Indústria 4.0, estamos focando apenas nos benefícios do mundo digital. “Apesar das inúmeras oportunidades, caminhamos para uma concentração”, aponta. Afinal, um único erro resultou em problemas nos servidores e empresas do mundo todo.

Mesmo o profissional que já está inserido no mercado digital pode encontrar obstáculos no uso de ferramentas típicas desse meio. “O primeiro e maior desafio é achar qual é o recurso e a alternativa ideais para utilizar”, salienta Rafael de Tarso. Segundo ele, o número crescente de ataques cibernéticos complica esse cenário de escolha.

O isolamento social decorrente da Covid-19 aproximou as pessoas do comércio eletrônico. Dados apresentados por Diniz indicam que esse campo tinha um crescimento médio de um milhão de novos usuários anualmente. Já no primeiro ano da pandemia, esse número foi para dez milhões. “Um crescimento de dez anos em apenas um”, compara.

Segundo Fernando Castellon, especialista em marketing e liderança, “o digital está aí para servir a todos, não é difícil, é apenas questão de adaptação”. Empresas de menor porte também acabaram aderindo ao novo modelo de comércio. Como por exemplo, a entrada de mercados e farmácias em aplicativos de entrega de comida.

O consumidor na era digital

Enquanto as empresas se preocupam em atender ao padrão do mercado e não ficar atrás dos concorrentes, os consumidores tentam acompanhar tudo o que chega até eles. Mas como conseguir usufruir de todas as possibilidades que a tecnologia oferece?

Segundo Diniz, “é tanta tecnologia que o consumidor acaba não conseguindo dar conta”. Mas, além dessa grande gama de informações, Castellon aponta outro pronto importante, a falta de educação. “Existem pessoas que ainda não estão aptas para o uso. É necessário educar para que esses mecanismos se tornem acessíveis”, explica.

E essa educação não diz respeito apenas ao consumidor. “A tecnologia não é nova, mas é necessário desenvolver o aspecto cultural dessa transformação”, complementa Rafael de Tarso. Ele cita como exemplo a autorização da telemedicina no Brasil. “Você pode realizar consultas com médicos e até mesmo psicólogos pelo telefone e no conforto da sua casa. Mas será que todos os profissionais sabem atender seus pacientes nesse modelo?”

Outra dúvida que se coloca é a respeito de uma possível saturação do mercado. Apesar da grande quantidade de empresas com produtos semelhantes, qualquer um pode conquistar seu espaço. Mas, para isso é preciso oferecer algo inovador. Castellon acredita que ainda há espaço para todos. “Não acredito que possa existir uma saturação pelo menos pelos próximos dez anos”, afirma.

O perfil de um profissional digital

Para quem busca colocação neste mercado, a experiência ainda é o mais importante? Rafael de Tarso afirma que não. Para ele, apresentar um bom histórico profissional acrescenta pontos positivos, mas “demonstrar a vontade de agregar mais conhecimento ao currículo soma muito a seu favor”. Afinal, as empresas buscam por aqueles que querem crescer junto.

Manter uma boa rede de comunicação é ainda mais importante. Em tempos de socialização por meio das redes sociais, o professor aponta que sua rede pode dizer muito sobre você. Além do que procura mostrar para essas pessoas.

Não somente para aqueles que desejam ingressar em uma empresa, mas também para quem está caminhando com seu próprio negócio, Diniz diz que o segredo “é não ter medo”. Buscar se especializar da forma que puder, estudar para estar em constante crescimento, ir atrás. Para Rafael de Tarso, a grande dica é “sair da zona de conforto e ir em busca do novo”.

Diniz aponta as tecnologias para ficar de olhos nos próximos anos. “A Internet das Coisas está cada vez mais forte, assim como o 5G, que promete mais autonomia. Mas se eu pudesse dar uma dica para os alunos, seria que ficassem atentos à inteligência artificial. Acredito que o futuro é agora e está cada vez mais próximo”, conclui o especialista.

Fernando Castellon, Diniz Fiori e Rafael de Tarso participaram da terceira noite da Semana Acadêmica de Gestão, no dia 6 de outubro de 2021, que teve como tema Negócios na Era Digital. A mesa de debates foi mediada pelos professores Elizeu Alves e Armando Kolbe Júnior.

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Autor: Daniela Mascarenhos - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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