Como a Filosofia Clínica pode ajudar professores e alunos
Filosofia Clínica é um termo que se difundiu no Brasil a partir da década de 1980, através de pesquisas feitas pelo filósofo gaúcho Lúcio Packter. Segundo a Associação Nacional de Filósofos Clínicos (ANFIC), a prática propõe uma utilização terapêutica da filosofia, capacitando os profissionais que desejam clinicar ou se dedicar ao objeto de estudo. Seu campo de atuação é variado, em consultórios, hospitais, empresas e escolas, utilizando a metodologia filosófica para tratar os problemas do dia a dia.
O coordenador do curso de Sociologia da Uninter, professor-doutor Everson Nauroski, participou da Jornada Acadêmica da instituição com a oficina “Aspectos subjetivos da docência, a terapêutica da sala de aula”. O objetivo era mostrar a importância de uma formação psicológica e até mesmo da Filosofia Clínica para professores, de forma a capacitá-los e prepará-los para melhor lidar com os alunos e, inclusive, com as suas questões pessoais.
O professor diz que a prática é importante, pois cada aluno possui um perfil diferente, com questões sociais e bagagem familiar que refletem no comportamento cotidiano em sala, e um professor preparado pode conter futuros incômodos. “Não se trata de fazer terapia em sala de aula, mas de evitar que as tensões tomem proporções muito complicadas, levando até a situações de violência grave”, afirma. Para ele, deveria haver mais valorização nesse tipo de formação e mais espaço para que os docentes busquem uma qualificação sólida nesse sentido.
Para Nauroski, além de o aluno possuir suas particularidades, cada turma tem um perfil, e o professor precisa conhecer bem quais são as características, similaridades, pensamentos em comum. Esse conhecimento prévio pode determinar o direcionamento das aulas. Entender quais são esses processos de formação do grupo, a visão de mundo e as características desses alunos, pode ajudar a melhor lidar com eles.
O docente afirma ainda que o sistema de ensino brasileiro já não é mais efetivo há um bom tempo. É preciso haver mudanças, métodos que saiam do tradicional. Ele cita como exemplos dois modelos de educação que são referência no mundo, o da Escola da Ponte, em Portugal, que propõe uma escola sem salas de aula comuns, onde estudantes de idades variadas se organizam de acordo com interesses correlacionados, e a Summerhill School, na Inglaterra, que desde 1921 atua com um modelo democrático de ensino, onde os próprios alunos apresentam seu plano de aula e tomam decisões em equipe. Talvez ainda seja difícil implantar tais métodos no Brasil, mas, para Nauroski, a educação pode dar um grande passo começando pela capacitação dos professores.
Autor: Jaqueline Deina - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Victor Corradini - Estagiário de Jornalismo
Boa noite! A capacitação pessoal e profissional do professor, é de extrema importância, pois através desse ato, ele mesmo, fica mais preparado, para saber atender as necessidades individuais de cada aluno. Por essa razão, a Filosofia Clínica, deve fazer parte da formação de todo corpo docente. Parabéns, pelo texto.
Defendo que o Tecnólogo de Educador Social também possa ter essa ferramente para sua atuação profissional.
Olá! Tenho a intenção de cursar FILOSOFIA CLÍNICA COM VOCÊS….estou na expectativa de que abram turma …
Gostaria de acertar a minha situação com vocês ,mas não estou conseguindo acesso…