Combater a violência contra idosos é compromisso de todos

Autor: Maurício Geronasso - Estagiário de Jornalismo

A legislação brasileira possui, desde 2003, o Estatuto do Idoso, documento que visa dar garantias legais para o respeito aos direitos fundamentais das pessoas idosas. No entanto, muitos idosos ainda sofrem diariamente com o abandono e a violência no Brasil.

Mas isso não acontece apenas em nosso país, trata-se de um problema global. Para dar visibilidade à questão, a Assembleia Geral das Nações Unidades instituiu, em 2011,  que o dia 15 de junho seria desde então oficialmente reconhecido como Dia mundial da conscientização da violência contra a pessoa idosa.

Como enxergamos a velhice e o envelhecimento, atualmente? Será que pensamos, ao longo de nossas vidas, sobre como será a nossa velhice? Essas questões passam a ser cada vez mais importantes para a sociedade, pois vemos um aumento rápido da população idosa em vários países, como no Brasil.

“Negamos a nossa velhice e, portanto, não falamos no assunto”, diz a professora do curso de Serviço Social da Uninter, Neiva Silvana Hack, em fala que chama atenção para a urgência do problema. Assistente social e especialista no tema “terceira idade”, Neiva falou sobre a questão da violência contra os idosos na edição última do programa Humanidades exibido em 02.jun.2021 pela Rádio Uninter.

O Brasil tem registrado um crescimento no número de denúncias de violência contra o idoso, que pode ocorrer de várias formas, como física, psicológica ou emocional, financeira, além da negligência. Até mesmo em serviços de saúde tem sido constatados abusos, cometidos por profissionais que teriam a responsabilidade de cuidar dessas pessoas.

A violência contra o idoso é definida pela OMS (Organização Mundial de Saúde), como “ação única ou repetida, ou falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento onde exista uma expectativa de confiança, que cause dano ou sofrimento a uma pessoa idosa”.

A prevenção a qualquer tipo de violência relacionada à pessoa idosa é exige treinamentos adequados, tanto para as famílias quanto a possíveis cuidadores. Atualmente o SUS oferece programas de Qualificação em Saúde da Pessoa Idosa, com oficinas constantes. A violência contra a pessoas idosa tem que ser discutida como um conceito e debatida entre as famílias, para que tabus sejam quebrados e soluções sejam criadas. Como lembra Neiva, “o tabu leva a violência”.

Existem diversas formas de denunciarmos maus tratos aos idosos:

Disque 100: funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana,

– Aplicativo Proteja Brasil: disponível para download.

– Humaniza Redes: permite denunciar violações de Direitos Humanos e contra os idosos.

CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social: presta assistência às famílias do idoso.

– 190: Polícia Militar

A criação de datas, como o “Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa”, servem para estimular reflexões sobre o assunto, e por isso são de extrema importância para a sociedade. Os idosos necessitam ser incluídos na sociedade, como pessoas participativas, que têm uma história que deve ser respeitada. A sociedade precisa aprender a promover a participação efetiva do idoso, ouvi-lo e deixá-lo tomar decisões, ou seja, não anular sua individualidade.

Você pode assistir ao programa completo por meio da página do Facebook e do canal do Youtube da Rádio Uninter.

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Autor: Maurício Geronasso - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay e reprodução


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