Colaboradores Uninter se unem em voluntariado no Pequeno Cotolengo
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaTodo primeiro domingo de cada mês, voluntários se unem em prol do famoso e tradicional Churrasco do Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo, em Curitiba (PR). Com uma receita mantida em segredo desde 1973, o evento se tornou um almoço familiar e uma das principais oportunidades de colaborar com a instituição, seja na adesão da refeição ou com o tempo voluntário na organização e atendimento.
Os colaboradores da Uninter têm a possibilidade de participar das ações por meio do Programa de Voluntariado Corporativo, realizado pelo IBGPEX, Instituto de responsabilidade socioambiental do grupo educacional. Os interessados podem se inscrever neste formulário para informar os dados pessoais e indicar os dias em que têm disponibilidade.
“Companhias que criam condições e incentivam seus colaboradores a doarem seu tempo em prol de uma causa, também colhem benefícios para si mesmas. Desta maneira, profissionais que se engajam em programas de voluntariado corporativo ganham mais propósito e engajamento no dia a dia e na cultura da empresa. Podem adquirir habilidades e experiências valiosas, conhecer novas pessoas e gerar um impacto positivo na sua vida pessoal e profissional”, afirma a assistente social do IBGPEX, Fernanda Milane.
A supervisora de estratégia social e relacionamento, Ester Maria de Oliveira, diz que o churrasco é uma das principais fontes de recurso para a instituição. “O voluntariado neste dia é de suma importância pelo volume de participação da comunidade e é necessário bastante mão de obra para que corra tudo bem no dia”, salienta.
O trabalho voluntário acontece em torno das 10h até às 15h, e as atividades a serem realizadas estão relacionadas a servir e auxiliar no dia do evento. Todos os voluntários são convidados para almoçar antes do atendimento ao público. Aqueles que se interessam em ajudar com a compra da refeição podem consumir no local ou buscar para viagem.
“Momentos de grande aprendizagem e empatia”
O coordenador de cursos da Pós-graduação Uninter Alexandre Andrade participa de trabalhos voluntários desde a juventude, desde projetos sociais até ações de limpeza ambiental. O profissional acredita que o voluntariado é uma via de mão dupla, porque ao mesmo tempo que ele contribui com o projeto, também é enriquecido pelas experiências. Alexandre destaca que as ações permitem “testemunhar o poder da paixão e generosidade”. Por isso, em 2023 participou do Churrasco do Pequeno Cotolengo.
“Foi uma experiência incrível, servir a comunidade é uma gratidão imensa e cheia de alegria, pois é muito contagiante. Ver a gratidão nos olhos das pessoas e a dedicação de todos os voluntários cria uma atmosfera de pura felicidade e união. É uma oportunidade de interagir com as pessoas, ouvir suas histórias e contribuir para seu bem-estar, isso tudo foi gratificante. Senti-me honrado em poder fazer a diferença, mesmo que de forma pequena, neste evento transformador e tão rico de compaixão”, garante.
Para o professor, a iniciativa ensina o verdadeiro significado da solidariedade e do amor ao próximo. “Além de beneficente, transformador, inspirador, contribui para a construção de um mundo mais justo e igualitário. Durante o evento, pude auxiliar na organização e atendimento a comunidade. A organização é impecável, tem uma equipe dedicada e eficiente. Espero que muitos colegas da Uninter se inspirem, se unam ao movimento voluntário e vivam um novo propósito em suas vidas”, complementa.
A primeira experiência de voluntariado da assistente de operações acadêmicas da Reitoria, Nicoli Rodrigues, aconteceu durante o evento, também no ano passado. A colaboradora diz que foi possível tirar uma lição de vida, já que em meio à rotina corrida de afazeres, as pessoas se pegam em reclamações diárias.
“Estar em um ambiente com pessoas de bom coração, empáticos, e além de tudo com uma experiência de vida extraordinária, foi muito gratificante. Aprendi a agradecer e a olhar o mundo de forma mais positiva trabalhando como voluntária. […] Olhar os pacientes e ver a felicidade deles com a atenção, o carinho que recebem das acolhedoras, enfermeiras, voluntários é tão gratificante que o peso que carregamos de uma semana, meses de trabalho, estudo, é esquecido. É como se respirássemos um ar puro”, declara Nicoli.
A analista de operações acadêmicas do setor de Pesquisa, Iniciação Científica e Publicações Acadêmicas, Amanda Afonso, diz que para ela o evento foi uma oportunidade de estar em ação e conhecer um pouco dos bastidores do voluntariado. Até então, a colaboradora havia atuado na contribuição de arrecadações e consumo de produtos de trabalhos voluntários em diversas áreas.
“São momentos de grande aprendizagem e empatia com o próximo, que nos permite enxergar o mundo além das nossas fronteiras individuais, trabalhar em equipe, conhecer novas realidades e ter uma visão humanizada de pessoas em vulnerabilidade social. Sair do conformismo de aceitar que nada pode ser feito para alterar esse contexto de desigualdade de recursos básicos. […] Foi muito gratificante participar. Pude me conectar com pessoas unidas no propósito de ajudar o próximo, sem esperar nada em troca, conhecer melhor o trabalho da instituição e contribuir com seu nobre objetivo de cuidar das pessoas e transformar vidas”, afirma.
Amanda salienta que as ações impactam positivamente ao perceber que pequenas atitudes coletivas podem mudar muitas histórias, trazer benefícios para a sociedade e maior contato com a comunidade em que vive, criando conexões e valorizando as contribuições que cada indivíduo pode gerar. Por isso, a colaboradora pretende participar de novas oportunidades, dentro e fora da instituição.
Sobre o Pequeno Cotolengo
O Complexo de Saúde Pequeno Cotolengo concentra todos os esforços em três frentes: acolhimento, saúde e educação. Com a missão de “cuidar das pessoas e transformar vidas”, hoje é reconhecida como uma das maiores organizações do Brasil, referência no atendimento especializado e acolhimento de pessoas com múltiplas deficiências, reabilitação e egressos do Sistema Único de Saúde (SUS), todos os serviços de forma gratuita para os assistidos.
Mais de 270 pessoas são acolhidas com moradia e cuidados 24 horas por dia, sete dias por semana, com idade entre 0 e 120 anos. Os assistidos moram em oito casas lares e quatro grandes lares, dependendo da autonomia que possuem. A organização possui duas unidades hospitalares, com 58 leitos de transição e oferta de 26 especialidades médicas e modalidades terapêutica, com uma equipe de saúde altamente capacitada e equipamentos modernos. Na área de educação, é ofertado o ensino básico especial por meio da Escola Pequeno Cotolengo, que fica dentro do complexo.
Além do voluntariado, é possível realizar a doação de valores que colaboram para os serviços prestados. Em 2022, foram 306 mil atendimentos multidisciplinares realizados durante todo o ano nas unidades de saúde; 2,5 mil refeições servidas diariamente para a população assistida no complexo e mais de 240 pessoas, de 2 a 88 anos, acolhidas nas casas lares e unidades hospitalares. As empresas também podem deduzir o imposto de renda ou fechar parceria específica para doações.
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaEdição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal
Amei a matéria!!! Valeu Alexandre.
Faço parte desse equipe de voluntário e é um orgulho pode colaborar com um obra de grande conhecimentos da sociedade curitibana.
Abraço
Até dia 03/03/24