Cerrado: o berço das águas clama por preservação
Autor: Waliston Alves - estagiário de jornalismoO entendimento dos impactos ambientais causados pela ação humana é um dos mecanismos mais eficazes para a conservação dos recursos naturais. Nesse aspecto, podemos dizer que a relação do ser humano com a natureza se dá pela sua exploração, provocando profundas alterações e desequilíbrio sobre o meio natural.
Considerada uma área do conhecimento, a biologia da conservação traz elementos que permitem o monitoramento da diversidade biológica, como também, estabelece metas e estratégias para a sua conservação.
“A era que vivemos hoje é de grande intensidade das ações humanas sobre a natureza, o que contribui para a promoção da extinção de espécies e consequentemente de ecossistemas, causando danos à natureza de uma forma inimaginável”, ressalta a especialista em Meio Ambiente e Desenvolvimento, professora da área de Geociências, Nicole Witt.
O cerrado, além de ser o berço das águas, concentrando nascentes em seu território que alimentam oito das 12 grandes regiões hidrográficas do país, também possui um grande potencial econômico. “É um bioma de produção de alimentos e de mercadorias agrícolas. Precisamos fomentar a economia, de forma a termos uma conservação prolongada dos recursos naturais e da vida como um todo”, destaca Nicole.
Para o especialista em Educação Ambiental e professor da Uninter, Theodoro Lutemberg, a riqueza do bioma está justamente na diversidade de sua fauna e flora. Em muitos casos são únicos, e por isso, além da preocupação da preservação, possibilitando estudos futuros, tem um grande potencial econômico. “Também deve ser levada em consideração a importância que as atividades econômicas desenvolvidas no cerrado têm, como a criação de gado ou a atividade agrícola que tem forte participação na pauta de exportação do país”, reforça.
De acordo com a acadêmica do 4º período do curso de Bacharelado em Ciências Biológicas, Iasmim Michelle Menezes, o cerrado é negligenciado e pouco conhecido. Para ela, levantar discussão sobre o tema, desperta para o conhecimento da fauna e da flora, bastante devastadas pela atividade agrícola. A exploração inadequada dos recursos naturais da região, além descaracterizá-la, altera também a manutenção da biodiversidade.
Para Iasmin, é necessário “conhecer as suas características peculiares como a localização, questões climáticas, variação nas formações vegetais e despertar sobre a importância deste bioma como celeiro do mundo e berço das águas, compreendendo como as ações humanas influenciam na paisagem”, complementa.
O tema Cerrado e Biologia da Conservação foi abordado no programa Competências e Empregabilidade, apresentado pelo coordenador da Central de Carreiras Uninter, Sidney Lara, e pela coordenadora da área de Geociências da Escola Superior de Educação (ESE), Renata Garbossa. A edição do dia 20 de junho foi transmitida pelo canal de Youtube da ESE e segue disponível para acesso.
Jairo Tonet, egresso do curso de Licenciatura em Geografia da Uninter, teve seu depoimento exibido ao final do programa Competências e Empregabilidade. Ele sempre alimentou dentro de si o anseio em se tornar um professor de Geografia. Porém, devido a alguns obstáculos, acabou cursando Turismo e posteriormente, começou a atuar profissionalmente no ramo.
Em 2018, Tonet deu seu primeiro passo rumo à sua nova vida profissional e acadêmica, agora na nova área. Decidiu retomar seus estudos, cursando Licenciatura em Geografia. Na ocasião, por já ter boas referências da Uninter, optou por cursá-la na instituição.
A cada disciplina cursada, o então acadêmico foi confirmando suas expectativas, tanto em relação ao curso, quanto à sua excelente estrutura curricular.
“Cursar a Licenciatura em Geografia pela Uninter abriu várias portas pra mim. Visto que, além do trabalho técnico que já vinha desenvolvendo na área de educação antes do meu ingresso no curso de Geografia, também consegui, no decorrer do meu processo formativo, ingressar no cargo de professor em uma escola pública de Blumenau”, afirma.
“Agradeço a oportunidade de estar aqui conversando com vocês e sobretudo dizer que sou profundamente grato à Uninter e à equipe de Geociências, às nossas professoras e professores por eu ter chegado até aqui!”, conclui o egresso.
Autor: Waliston Alves - estagiário de jornalismo