Brasil precisa reformar o ensino médio para a educação deixar de ser seletiva
Segundo pesquisa divulgada pelo movimento “Todos pela Educação”, em 2017, apenas 7,3% dos estudantes brasileiros alcançam resultado satisfatórios de aprendizado. O projeto de reforma no ensino médio tem como objetivo melhorar o índice do aprendizado.
Com o propósito de debater a reforma do ensino médio, a Uninter organizou um evento na Assembleia Legislativa do Paraná. A programação ocorreu entre os dias 23 e 25 de maio e contou com a participação de professores da instituição, gestores do MEC, movimentos estudantis e pesquisadores da área.
A reforma proposta em 2016 encontrou grande resistência para ser aprovada. Ainda hoje a iniciativa é questionada. “As pessoas confundem políticas de Estado com políticas de governo. É necessário que entendam que essa é uma reforma positiva para a educação brasileira, independentemente de qual governo propôs”, afirma Ester Carvalho, conselheira no Conselho Estadual de Educação.
“Essa é uma mudança esperada há mais de duas décadas, e precisamos avançar em vários pontos. Por isso é importante debates como esse”, comenta Wisley Pereira, coordenador geral de Ensino Médio da Secretaria de Educação Básica do MEC.
A Uninter organizou o evento com o objetivo de levar para a casa das leis um debate com pessoas que entendam de educação. “Por mais que se discuta informalmente, entregar para deputados uma análise de profissionais da área é o que pode trazer mudanças efetivas”, afirma o organizador do evento, o professor Marlus Geronasso.
O reitor da Uninter, Benhur Gaio, que também compôs a mesa de abertura, comentou que para ele a educação brasileira é seletiva. “Nós percebemos estudantes tendo dificuldades no ensino superior por não terem tido uma boa base no ensino médio”, avalia o reitor.
Autor: Arthur Neves – Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Arthur Neves - Estagiário de Jornalismo