Brasil e Argentina unidos pela educação a distância da Uninter

A modalidade de educação a distância, como o próprio nome sugere, existe para quebrar a barreira do espaço físico e possibilitar que a educação alcance estudantes que estão a quilômetros de distância dos polos de ensino. No caso do estudante Guillermo Herigert, ela foi um pouco mais distante e precisou ultrapassar as fronteiras do país.

Guillermo é argentino, mora na cidade de Río Cuarto, estado de Córdoba, na Argentina, e é estudante de Jornalismo no polo da Uninter em São Leopoldo, cidade da região metropolitana de Porto Alegre (RS).

Formado em Teologia e professor de uma escola luterana, Guillermo buscou o curso de Jornalismo porque acredita que ele pode auxiliar no seu trabalho na área de educação. “Sempre gostei de jornalismo, gosto muito de assistir jornal e a questão de investigar, ver o outro lado da história que se conta é algo que sempre me motivou”, explica.

Guillermo viveu durante sete anos no Brasil. Veio para terras tupiniquins em 2013, a convite da Igreja Luterana, onde atuou como pastor. Nesse período, procurou a Uninter para estudar jornalismo, pois sua rotina impossibilitava uma graduação presencial.

“No começo tinha preconceito com a EAD, mas isso no fundo era medo. Estudar a distância demanda uma disciplina maior que no ensino presencial. Mas o nível de ensino da Uninter é muito bom e hoje recomendo sem medo a educação a distância para as pessoas”, diz.

A EAD permite ao estudante conciliar os estudos com a vida profissional. Mas morar em um país e estudar em outro não é tão simples. A cada trimestre Guillermo faz uma viagem de carro até o polo de apoio presencial em São Leopoldo para realizar, em um dia, todas as atividades presenciais necessárias para que prossiga na graduação. São mais de mil quilômetros de distância entre as cidades, o que faz ele ficar praticamente três dias viajando em função dos estudos.

“A viagem é estressante e cansativa. Agradeço aos profissionais do polo que entendem a minha necessidade especial e adequam a agenda para que eu consiga fazer tudo em um só dia. Em especial a professora Heloísa. Tenho de fazer tudo rapidamente, pois não posso me ausentar por mais tempo do meu trabalho na Argentina”, ressalta.

Além da distância física, outra dificuldade que Guillermo supera é uma alíquota de 30% que incide sobre a compra em moedas estrangeiras na Argentina, o que deixa o sonho da formação em Jornalismo mais oneroso para ele.

“A Argentina passa por uma crise econômica e política que dificulta que as pessoas consigam trabalho. Não passo por esse problema pois voltei para a Argentina empregado, mas a minha esposa brasileira teve dificuldades para se colocar no mercado, ainda mais em uma cidade do interior, que é culturalmente mais fechada para estrangeiros. Como estou na reta final do curso, vale fazer um esforço e superar essas dificuldades”, diz.

Para uma das disciplinas do curso, Guillermo fez um videodocumentário sobre uma estação de trem desativada da sua cidade que hoje é ponto de encontro das pessoas para relaxar, tomar um mate, confraternizar, e se converteu em um polo cultural da cidade de Río Cuarto.

Para a produção do documentário, ele utilizou o kit de comunicação que é distribuído para todos os alunos do curso de Comunicação Social da Uninter, composto por câmera, tripé, fones de ouvido e um gravador de áudio em alta qualidade (na foto, ele exibe a câmera). Para conferir o trabalho dele, basta acessar o link aqui.

Sobre a experiência de estudar jornalismo, Guillermo comenta que graças à faculdade consegue observar melhor as oportunidades da área, e vai começar a estagiar em uma rádio em Río Cuarto. “Eu não sei se vou atuar 100% como jornalista no futuro, mas no meu próprio trabalho já estou utilizando os conhecimentos adquiridos na graduação, pois faço parte de uma revista da igreja luterana e na área de comunicação institucional dentro de uma escola. É uma faculdade que abre muitas oportunidades. Se você gosta, não deixe de fazer”, conclui Guillermo.

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Autor: Fillipe Fernandes - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal Guillermo Herigert