Bibliotecas digitais: os templos do saber da nossa era

Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo

Na Idade Média, as bibliotecas eram de acesso restrito a algumas divisões do clero ou da nobreza, até mesmo aquelas que ficavam em universidades. Ou seja, eram poucas as pessoas que podiam acessar documentos e livros. Na modernidade, esses “templos do saber” foram ganhando um novo papel na sociedade, e a cultura passou a ser aberta a todos os públicos, sem discernimento de classes.

Aluna do Mestrado Profissional em Educação e Novas Tecnologias da Uninter, Vanda Fattori Dias abordou em sua pesquisa a questão do acesso ao conhecimento guardado nas bibliotecas no mundo digital em que vivemos atualmente. Apresentada no último dia 28 de agosto, a dissertação foi intitulada “O profissional bibliotecário como curador digital de informação: habilidades e competências técnicas”.

Vanda comenta que a ideia da pesquisa surgiu a partir de sua prática profissional. “Já trabalhava há anos como bibliotecária e queria ter um objeto de estudo dentro da profissão”. E com a implantação do Repositório Institucional da Uninter, da qual Vanda participou, surgiu a ideia de promover essa relação a partir de um projeto de pesquisa.

Mas o que é um repositório? Nada mais é do que uma base de dados virtual, onde estão armazenadas as produções digitais de uma instituição. O bibliotecário trabalha com esse sistema, que armazena e disponibiliza conteúdos.

Segundo Vanda, com o surgimento dessas novas tecnologias, o profissional necessita de uma nova forma de atuação. Logo, o bibliotecário, que antes era apenas o guardião do conhecimento, passa a ser também um curador digital.

“Daqui para frente, o trabalho irá seguir duas frentes: a parte física, ainda com documentação impressa, e a parte digital – repositório online, avatar, entre outros”, explica Vanda.

Como no trabalho do mestrado também é necessária a criação de um produto, Vanda teve a ideia de criar um avatar. Com a ferramenta, que é uma “bibliotecária virtual”, os usuários podem interagir e buscar suas informações com maior facilidade.

Desta forma, as bibliotecas vão se transformando e entrando na era dos algoritmos e softwares. A nova mestre conclui com uma frase: “Sim, o livro físico ainda possui sua importância, mas por que não se adaptar também às novas mídias?”

Imagens – Mestrado Vanda

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Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Bárbara Possiede - Estagiária de Jornalismo


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